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Capital

Internos do Centro de Triagem aplicaram mais de 350 golpes em site de compra

Presos contavam com ajuda de motoristas de aplicativos para buscar produtos

Gabriel Neris | 15/06/2020 22:48
Parte dos produtos recuperados pela polícia (Foto: Divulgação)
Parte dos produtos recuperados pela polícia (Foto: Divulgação)

A Deco (Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado) desarticulou um grupo de internos do Centro de Triagem de Campo Grande que aplicava golpes em torno de produtos oferecidos pelo site de compra e venda de produtos eletrônicos OLX.

A investigação contou com mais de 350 boletins de ocorrências de vítimas de golpes durante um ano na Capital.

Segundo a polícia, os internos contavam com estrutura e apoio de motoristas de aplicativo para cometer o crime.

Através dos golpes, os internos conseguiam adquirir diversos tipos de produtos, como pizzas, cestas básicas, cestas de café da manhã, buquê de flores, kits de maquiagem, instrumentos musicais, notebooks, motosserra e até veículos.

Assim que tinham os produtos em mãos, os criminosos voltavam a negociar com receptadores, fazendo girar uma espécie de comércio clandestino entre internos, que costumavam destinar os itens a familiares e amigos.

Os motoristas de aplicativo eram o apoio de transporte e movimentação dos produtos, segundo a investigação.

De acordo com a investigação, o interno que encabeçava a operação passava-se por outras pessoas e ao fechar a negociação indicava que estava fora da cidade e teria que fazer o pagamento através de transferência bancária, mas enviava comprovantes falsos, simulando o pagamento.

Assim, o golpista afirmava a vítima que um funcionário buscaria a compra, responsabilidade passada para os motoristas de aplicativos. Eles retiram o produto e encaminhavam para endereços indicados pelo interno, onde era aguardada a destinação até a revenda.

As investigações continuam e a polícia pediu a remoção da custódia dos presos para outro estabelecimento mais rigoroso. Os presos prestaram depoimento na Deco, onde vão responder por estelionato e receptação, e retornaram ao sistema prisional.

A delegacia pede que as vítimas que ainda não procuraram a polícia entrem em contato pelo telefone (67) 3323-6900.

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