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Capital

Investigação sobre morte de casal leva a barraco e luminol aponta "vestígios"

Adriano Fernandes e Geniffer Rafaela | 25/11/2021 20:27
Policiais iniciando os trabalhos com luminol no barraco. (Foto: Paulo Francis)
Policiais iniciando os trabalhos com luminol no barraco. (Foto: Paulo Francis)

Investigação sobre o assassinato do casal encontrado às margens da BR-262, levou peritos e investigadores da DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídios) a um barraco no Bairro Vivendas do Parque, na noite desta quinta-feira (25). As vítimas, Priscila Gonçalves Alves, de 38 anos e o marido dela, Pedro Vilha Alta Torres, de 45 anos tiveram os corpos esquartejados e carbonizados.

Teste feito com luminol apontou manchas, que podem ser de sangue em duas placas de "madeirite" e em um banner usado em uma parede improvisada nos fundos do imóvel na Rua Maria Povoa Braga. O endereço fica em uma área invadida do bairro.

Local onde Priscila Gonçalves e Pedro Vilha tiveram os corpos esquartejados. (Foto: Paulo Francis)
Local onde Priscila Gonçalves e Pedro Vilha tiveram os corpos esquartejados. (Foto: Paulo Francis)

O material passará por exame pericial em laboratório para atestar se os vestígios são do sangue, informou o delegado Carlos Delano, titular da DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídios) e responsável pelo caso.

Conforme o delegado as vítimas não moravam no endereço, mas podem ter estado no local antes de serem encontradas mortas. O delegado não confirmou se alguém está morando no endereço atualmente, mas segundo ele, há um "responsável" pelo terreno. Mais detalhes não foram divulgados para não atrapalhar na investigação.

Os levantamentos no local duraram cerca de 1h30. O barraco é de chão batido, o que dificultou a localização de vestígios através da aplicação da substância. O luminol é capaz de indicar a presença manchas de sangue, mesmo que tenha havido limpeza.

O crime - Priscila e Pedro Vilha foram encontrados mortos no dia 16 de agosto. Seus corpos foram esquartejados e carbonizados em um terreno baldio às margens da BR-262. Conforme apurado pela reportagem, o casal foi visto com vida pela última vez em uma boca de fumo da região.

Durante as investigações, as equipes refizeram os passos das vítimas para chegar aos autores. Pedro e Priscila estavam juntos há 12 anos. Se casaram escondidos e tiveram duas filhas. Conforme apurado pelo Campo Grande News, o relacionamento foi marcado pelo vício em drogas e prisões, roubos e furtos, principalmente do homem. Esses furtos cometidos pelo casal estão entre as linhas de investigação da DEH (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos), como possíveis motivações para o crime.

Equipes da delegacia com apoio de outras duas delegacias especializadas cumpriram na manhã do dia 24, mandados de prisão temporária e de busca e apreensão contra suspeitos do assassinato. Foram cumpridos nesta quarta-feira, dois mandados de prisões temporárias contra envolvidos no homicídio. Além disso, as equipes visitaram seis endereços ligados aos suspeitos, nos bairros Vivendas do Parque e Panorama.

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