Jovem espancado por ‘bad boys’ após festa pede indenização de R$ 120 mil
O jovem de 18 anos que foi espancado por um grupo de “bad boys” após uma festa open bar, no dia 18 de setembro do ano passado, na Vila Jacy, em Campo Grande, entrou com uma ação indenizatória por reparação de danos materiais e morais.
Na ação, a vítima por meio do seu advogado Laércio Arruda Guilhem, pede R$ 120 mil aos acusados Jhonny Celestino Holsback Belluzzo, 20 anos, Alessandro Ronaldo Mosca Júnior, 21 anos, José Guilherme do Carmo Weiler, 21 anos, e Eduardo de Paula Mendonça Filho, 22 anos. São R$ 30 mil para cada um deles. Eles foram denunciados pelo Ministério Público por tentativa de homicídio, por motivo fútil com emprego cruel mediante recurso que dificultou a defesa da vítima.
“O ato de selvageria foi tamanha, que o Ministério Público ofereceu denúncia pelo crime de tentativa de homicídio contra os réus, cuja ação penal corre na 1ª Vara do Tribunal do Júri”, segundo consta no documento anexado ao processo pelos advogados de defesa da vítima.
Ainda segundo a defesa, o valor de indenização deve ter efeito pedagógico para evitar que situações semelhantes aconteçam. “A vítima, que só não morreu por milagre, se transformou em uma pessoa depressiva, angustiada e com síndrome de pânico. O jovem ainda faz acompanhamentos psicológico, não saí de casa e tem dificuldades até para retornar aos estudos”, afirma.
O Campo Grande News ligou para todos os envolvidos citados na reportagem, porém conseguiu contato apenas com Eduardo, que não quis se pronunciar. A audiência de conciliação está marcada para às 16h30 do dia 5 de junho deste ano, na sala de audiências, na Rua da Paz. A ação que pede indenização tramita na 3ª Vara Cível.
Agressão - Conforme consta na denúncia oferecida pelo MPE (Ministério Público Estadual) contra os “bad boys”, o crime aconteceu por volta das 3h. Ao sair da festa, a vítima urinou na roda de um Fiat Pálio, que pertencia a Jhonny, e um Renault Sandero Stepway, que era de José Guilherme.
Testemunhas ligaram para Jhonny e contaram o que a vítima tinha feito e o agressor, acompanhado dos amigos, saiu da festa para verificar a situação. Colegas de Jhonny, Alessandro e José Guilherme relataram que a vítima seguiu para a casa de um amigo, momento que outro rapaz disse saber o endereço e levou os “bad boys” até a tal residência.
O jovem agredido estava chegando a pé ao local citado e correu quando percebeu o comboio de carros estacionados em frente à casa do amigo. Neste momento, ainda conforme relata a acusação no processo, o grupo começou a perseguir a vítima, alguns correndo e outros de carro. O rapaz foi alcançado primeiro por Alessandro, que passou a chutá-lo.
Logo depois, Jhonny desceu do carro onde estava e também passou a chutar, socar e dar tapas na vítima, além de arrastar o jovem pelo asfalto. O rapaz já estava caído quando José Guilherme chegou e também passou a agredi-lo. Jhonny deu um “mata leão” na vítima e quando o jovem já estava inconsciente o agressor continuou chutando a cabeça do rapaz.
A sessão de espancamento, que foi gravada por um celular, só terminou quando pessoas que assistiam a cena de violência intervieram. No vídeo, é possível ouvir uma pessoa gritar: “não mata ele não”. Consta na denúncia, que Eduardo de Paula, também colaborou para que as agressões acontecessem.