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Capital

Jovem foi assassinado no Tijuca na frente da esposa e dos filhos de 1 e 2 anos

Crime ocorreu na noite de ontem (20); vítima foi morta com vários tiros

Kerolyn Araújo e Bruna Marques | 21/01/2021 08:10
Contêiner foi motivo de discussão horas antes do crime. (Foto: Henrique Kawaminami)
Contêiner foi motivo de discussão horas antes do crime. (Foto: Henrique Kawaminami)

Henrique Lourenço da Silva, 22 anos, que morreu na noite de ontem (20) no CRS (Centro Regional de Saúde) do Coophavila, em Campo Grande, foi baleado na frente da esposa, de 18 anos, e dos dois filhos, de 1 e 2 anos.

Abalada, a recicladora Maria Célia Fonseca, 62 anos, tia de Henrique, contou que o sobrinho estava no cruzamento das ruas Bororós com Saint Romain, conversando com a esposa, quando foi abordado por um motociclista e ferido com o primeiro tiro no pescoço. Ao virar as costas para correr, o jovem foi atingido por mais disparos.

Segundo Maria Célia, segundos antes de ser abordado pelo atirador, Henrique estava com um dos filhos no colo. "Tinha acabado de soltá-lo", comentou.

Maria Célia Fonseca, 62 anos, tia de Henrique. (Foto: Henrique Kawaminami)
Maria Célia Fonseca, 62 anos, tia de Henrique. (Foto: Henrique Kawaminami)

Ferido, Henrique correu por mais de uma quadra, até cair em frente ao portão de uma casa na Rua Clóvis Teodoro Assunção. Ele foi socorrido por vizinhos e levado ao CRS, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. "Era um menino bom, não deixava faltar nada para a esposa e os filhos. Ele era usuário e eu acho que o crime foi por causa de drogas", disse a tia.

Anos atrás, Henrique foi esfaqueado no braço em uma briga e foi aposentado por invalidez.

Discussão - À reportagem, testemunha que preferiu não se identificar, relatou que Henrique discutiu com o dono de um contêiner na tarde de ontem.

Conforme a testemunha, usuários da região colocaram um sofá encostado no contêiner, que fica em frente a um terreno baldio, e usavam drogas no local. Por solicitação do dono do espaço, o móvel foi retirado.

Pouco tempo depois, o sofá foi novamente colocado no terreno. "O dono veio aqui, eles bateram boca e, antes de ir embora, deu um tapinha no ombro do Henrique e disse: mais tarde a gente conversa", relatou.

O caso vai ser investigado pela 6ª Delegacia de Polícia Civil.

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