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Capital

Juiz bloqueia R$ 200 mil de oficial da PM condenado na “Máfia do Cigarro”

Admilson Cristaldo Barbosa virou réu por improbidade administrativa

Aline dos Santos | 14/07/2021 08:53
Admilson foi alvo de operação do Gaeco e condenado na "Máfia do Cigarro". (Foto: Fernando Antunes/Arquivo)
Admilson foi alvo de operação do Gaeco e condenado na "Máfia do Cigarro". (Foto: Fernando Antunes/Arquivo)

A Justiça aceitou denúncia de improbidade administrativa contra o tenente-coronel Admilson Cristaldo Barbosa e ordenou bloqueio de R$ 200 mil. A decisão contra o oficial da PM (Polícia Militar) aposentado é do juiz da 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos de Campo Grande, David de Oliveira Gomes Filho.

Na esfera penal, o “padrão ostentação” já resultou em condenação por corrupção pelo TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul). Em 2018, o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) denunciou que o estilo de vida do policial militar era incompatível com a sua renda.

A denúncia abarcou o período de janeiro de 2015 a abril de 2016, quando Cristaldo era lotado no TCE (Tribunal de Contas do Estado), e relata vantagens indevidas de quase R$ 200 mil.

O documento mostrava a compra de veículo Jeep Grand Cherokee, motocicleta Harley Davidson, banheira de R$ 23 mil,  aquisição de R$ 25.780 na Prada Brasil, bicicleta por R$ 11 mil e gastos com pasta para documentos Mont Blanc, viagens e eletrônicos.

No processo por improbidade, a defesa do oficial aponta que a promotoria não descreve lesão ao patrimônio público e anexou laudo contábil para comprovar que as movimentações financeiras têm amparo na renda de Cristaldo e sua esposa.

“A defesa, então, juntou aos autos um laudo contábil que sequer foi instruído com a documentação que supostamente lhe daria amparo, em especial os informes de declaração de imposto de renda relativos ao requerido e sua esposa. Estas alegações, a bem da verdade, apenas reforçam a necessidade de recebimento da petição inicial para que se analise, com maior cautela e sob os princípios do contraditório e da ampla defesa, a questão posta para julgamento”, informa o magistrado.

O tenente-coronel Admilson Cristaldo Barbosa foi alvo da operação Oiketicus e condenado na Máfia do Cigarro.

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