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Capital

Juiz manda prefeitura pagar adicional e enfermeiros têm “bolada” para receber

Cobrança de retroativos deve ser individual; sindicato estima que categoria tenha R$ 174 milhões para receber

Anahi Zurutuza | 05/04/2023 16:37
Juiz manda prefeitura pagar adicional e enfermeiros têm “bolada” para receber
Aviso de greve na porta de um posto de saúde 24 horas de Campo Grande, em fevereiro, quando categoria paralisou pressionando por pagamento de insalubridade. (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)

O juiz Marcelo Ivo de Oliveira, da 2ª Vara de Direitos Difusos e Coletivos da Comarca de Campo Grande, determinou que a Prefeitura de Campo Grande pague aos profissionais da Enfermagem adicional de 20% a incidir sobre as horas trabalhadas nos plantões noturnos. O acréscimo vale para quem atuar entre as 22h e as 5h.

No dia 27 de março, o magistrado determinou o imediato cumprimento de sentença prevendo o pagamento. Apesar do trânsito em julgado (quando o julgamento se torna definitivo), no dia 25 de outubro do ano passado, a prefeitura não havia começado a cumprir a ordem judicial.

Na última decisão, o juiz ressaltou que caso a prefeitura continue a descumprir a determinação, a prefeitura será punida e a prefeita, Adriane Lopes (Patriota), pode responder por improbidade administrativa e crime de desobediência (na esfera penal).

A expectativa do Sinte-CG (Sindicato dos Trabalhadores Públicos em Enfermagem de Campo Grande) é que já na elaboração da folha de abril – que é paga em maio – a gratificação seja implantada.

De acordo com o advogado do sindicato, Márcio Almeida, agora, os trabalhadores também terão direito a receber valores retroativos. “Essa cobrança individual já está sendo preparada pelo sindicato que já fez os cálculos e a gente agora vai propor os procedimentos individualizados conforme a documentação já coletada”.

A sentença que transitou em julgado prevê que o pagamento do adicional retroaja “aos últimos cinco anos, contados da data da propositura da ação e deverá alcançar aqueles que efetivamente desempenharam plantões em período noturno”. Sobre as parcelas vencidas ainda incidirão juros e correção monetária.

O Sinte estima que, desta maneira, a prefeitura deve R$ 174 milhões à categoria. Há tentativa ainda de fazer cobrança coletiva.

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