Juiz nega revogação da prisão de guardas presos na Omertà
O pedido foi negado pelo juiz Marcelo Ivo de Oliveira da 7ª vara criminal
Os guardas municipais Igor Cunha de Souza, Rafael Carmo Peixoto Ribeiro, Eronaldo Vieira Da Silva continuarão presos até a conclusão das investigações da “Operação Omertá” que apura os crimes cometidos por milícia especializada em execuções de inimigos em Mato Grosso do Sul. O pedido de revogação da prisão temporária deles foi negado pela Justiça.
A resposta negativa é do juiz Marcelo Ivo de Oliveira da 7ª vara criminal. Ele quem autorizou o Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) a deflagrar a “Operação Ormetá” em que foram cumpridos 23 mandados de prisão e 21 de busca e apreensão no dia 27 de setembro em Campo Grande.
Procurado pelo Campo Grande News o advogado dos guardas, Marcio Almeida explicou que o juiz entendeu que as investigações não foram encerradas e por esse motivo ele decidiu pela manutenção das prisões.
Ele destacou que o magistrado não citou nenhuma conduta criminosa dos guardas para manter as prisões divergindo, segundo ele, do Gaeco cujas investigações apontam indícios de crime.
"Contudo, entendemos que a decisão não expôs de forma clara quais os elementos de fato que levam a manutenção da prisão para realização de atos de investigação de modo que estudamos a impetração de um Habeas corpus", pontuou.
Segundo ele, os guardas ganhavam R$ 625 por semana para fazer serviços gerais como o de motorista levando crianças ao shopping e buscando remédios na farmácia para o senhor Jamil Name. Ainda segundo o advogado, as imagens apresentadas pelo Gaeco corroboram essa versão.
Em uma delas é possível ver um dos guardas lavando a calçada da residência dos Name com uma máquina. Até a quinta-feira (3), os guardas estavam presos nas celas da Derf (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos).
Operação- A operação Ormetà apura crimes de organização criminosa atuante na prática dos crimes de homicídio, milícia armada, corrupção ativa e passiva. Ao todo, foram 23 ordens de prisões: sendo 13 mandados de prisão preventiva e 10 mandados de prisão temporária em Campo Grande. A lista de presos inclui um policial federal e quatro policiais civis e os empresários Jamil Name e Jamil Name Filho.