Juiz veta familiares e imagens em audiência sobre morte de segurança
Nem familiares da vítima nem do acusado puderam assistir, nesta tarde, a primeira audiência do processo em que o bacharel em Direito Cristhiano Luna de Almeida, de 23 anos, é réu pela morte do segurança Jefferson Bruno Gomes Escobar, também de 23 anos, ocorrida na madrugada do dia 19 de abril.
Proibidos de entrar na sala de audiência, os familiares de Brunão, como era conhecida a vítima, se concentraram nas duas entradas do Fórum, usando camisetas com a foto dele e a inscrição “Eterno Brunão” e distribuindo adesivos com a mesma frase.
Também não foi permitido fazer imagens na sala de audiências, procedimento normalmente autorizado por esse magistrado. A explicação dada é que veto às famílias foi para evitar manifestações dentro da sala de audiências.
Outro argumento é que, como são 17 testemunhas a serem ouvidas, o espaço era pequeno para permitir a entrada de muitas pessoas.
Cristhiano participa da audiência. Entre as testemunhas de acusação, estão a mãe de Brunão e um vendedor de bombons que testemunhou a confusão que resultou na morte do segurança.
O bacharel em Direito é acusado pelo Ministério Público Estadual de homicídio doloso duplamente qualificado, por motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima. Ele também está sendo processado por injúria qualificada, por ter feito declarações racistas a um garçon da boate onde tudo aconteceu.
O réu ficou preso desde o dia da morte de Brunão até segunda-feira, quando o Tribunal de Justiça concedeu a liberdade provisória, e impôs diversas restrições a Christiano Luna, entre elas a obrigatoriedade de estar em casa às 22h, o veto ao consumo de bebidas e à ida a casas noturnas.