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Capital

Juíza nega pedido da defesa e celular de Marquinhos será periciado pela Polícia

Defesa pedia perícia pela Justiça, mas juíza mandou entregar aparelho à delegada do caso

Silvia Frias | 10/02/2023 10:27
Ex-prefeito Marquinhos Trad ao falar sobre o caso, quando ainda era candidato, em 2022. (Foto/Arquivo)
Ex-prefeito Marquinhos Trad ao falar sobre o caso, quando ainda era candidato, em 2022. (Foto/Arquivo)

O ex-prefeito de Campo Grande Marquinhos Trad (PSD) terá de entregar o celular para ser periciado pelo Instituto de Criminalísticas da Polícia Civil, referente a uma das sete ações a que ele responde por assédio sexual e crimes contra dignidade sexual.

A apreensão do aparelho para análise foi determinado em dezembro de 2022, mas ainda estava pendente. No despacho publicado pela 3ª Vara Criminal de Competência Residual, sob titularidade da juíza Eucélia Moreira Cassal, consta que foi negado o pedido da defesa, de que a perícia fosse realizada por profissional nomeado pelo Juízo.

Na avaliação, consta que compete à Polícia Civil promover as medidas necessárias para colheita de provas e o Instituto de Criminalística poderá realizar a tarefa, “observando-se, por óbvio, o sigilo de dados”. Por este motivo, o aparelho celular deverá ser entregue à autoridade policial e não em cartório.

Na decisão, a magistrada deferiu a habilitação de assistente técnico indicado pela defesa.

A entrega do aparelho obedece a alguns procedimentos. O celular deve ser embalado na presença do acusado e da advogada; a perícia deve ser realizada por, no mínimo, dois peritos do Instituto de Criminalística, mediante acompanhamento do assistente indicado pela defesa; a extração do conteúdo deve ser limitada aos fatos e pessoas indicadas em uma das ações.

A reportagem ainda aguarda contato com a defesa de Trad para falar da determinação judicial.

Denúncia - As investigações contra o ex-prefeito Marquinhos Trad começaram em agosto de 2022, feita por quatro mulheres: duas de 32 anos, outra de 31, e uma mais jovem, de 21 anos. Os casos teriam ocorrido a partir de 2003. Marquinhos Trad admitiu relações extraconjugais, mas negou crime. A responsável pelo caso foi a delegada Maíra Pacheco, adjunta da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher).

No decorrer da apuração, foram investigados 16 relatos de mulheres que alegaram terem sido assediadas por Trad. Algumas foram arquivadas ou trancadas na fase de inquérito e sete chegaram à Justiça, em 9 de novembro de 2022.

Em fevereiro deste ano, a Justiça determinou o sigilo externo dos processos. A defesa do ex-prefeito fez o pedido após vazamento de informações das investigações. As advogadas Rejane Alves de Arruda e Andréa Flores também entraram com a petição de absolvição sumária de Marquinhos, mas ainda será analisada.

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