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Capital

Juntos na vida e na morte, casal que morreu em acidente é velado lado a lado

Fernanda Lopes Ritter e Daniel Azambuja Alves ocupavam carro esmagado por carreta na BR-163

Por Bruna Marques e Antonio Bispo | 11/04/2024 09:17
Despedida do casal que morreu em acidente violento a caminho da praia acontece nesta manhã no Cemitário Jardim das Palmeiras, em Campo Grande (Foto: Henrique Kawaminami)
Despedida do casal que morreu em acidente violento a caminho da praia acontece nesta manhã no Cemitário Jardim das Palmeiras, em Campo Grande (Foto: Henrique Kawaminami)

Juntos na vida e na morte, o casal Fernanda Lopes Ritter, de 35 anos, e Daniel Azambuja Alves, 38, vitimas do acidente na BR-163, em Anhanduí, estão sendo velados lado a lado, na manhã desta quinta-feira (11), no Cemitério Jardim das Palmeiras, em Campo Grande.

Na capela 1 do cemitério localizado na Avenida Tamandaré, em caixões tradicionais, na cor marrom, Daniel e Fernanda descansam sob o silêncio incrédulo da família e dos amigos com o fim trágico. É impossível não notar a tristeza no olhar dos homens e mulheres que perdem "duas pessoas muito querida", segundo uma mulher que abraçava a irmã de Fernanda.

Daniel e Fernanda felizes em selfie publicada nas redes sociais (Foto: Facebook)
Daniel e Fernanda felizes em selfie publicada nas redes sociais (Foto: Facebook)

A reportagem tentou conversar com a família do casal, mas, muito abalada, não quis dar entrevista. Uma mulher que não quis se identificar disse: “Não tem o que falar, foi uma tragédia. Agora, a gente só quer se despedir deles”.

O cunhado de Fernanda, o motorista Elvis Ajala, 42 anos, que conversou com o Campo Grande News, ontem, no local do acidente, se limitou a dizer que a tragédia foi “uma perda muito grande para todos”.

Fernanda e Daniel ocupavam o carro Chevrolet Onix, envolvido no acidente. As informações apuradas pela reportagem são de que ela já trabalhava em uma lotérica e o marido com troca de óleo, na oficina de um posto de combustíveis.

O casal morava em Campo Grande e seguia pela estrada a caminho de Santa Catarina, pois iria passar as férias na praia junto com a irmã dela e o cunhado, os primeiros a chegar no local do acidente e descobrir a fatalidade.

Familiares das vítimas em frente à capela onde casal está sendo velado (Foto: Henrique Kawaminami)
Familiares das vítimas em frente à capela onde casal está sendo velado (Foto: Henrique Kawaminami)

Acidente - A colisão envolveu uma carreta bitrem, um caminhão que transportava produtos alimentícios, uma carreta carregada com porcos e um carro Chevrolet Onix. Com o impacto da colisão, um dos veículos tombou para a área de vegetação da rodovia, enquanto a cabine de outro ficou completamente destruída.

Uma das carretas transportava grão de milho e a carga ficou espalhada pela pista. O outro veículo estava carregado com porcos. Devido à colisão, alguns animais morreram e outros agonizaram na rodovia.

Entenda – Segundo o delegado, apesar de a dinâmica do acidente ainda estar sendo apurada, há indícios de que o condutor da carreta que transportava porcos tenha feito uma ultrapassagem indevida e acabou batendo nos outros veículos que seguiam no sentido contrário.

Com o impacto, o carro de passeio foi esmagado pelas carretas com as cargas de porcos e milho. A perícia precisou usar um drone para ter acesso às vítimas do Onix.

Carro Chevrolet Onix ocupado pelo casal ficou completamente destruído (Foto: Marcos Maluf)
Carro Chevrolet Onix ocupado pelo casal ficou completamente destruído (Foto: Marcos Maluf)

Outras vítimas - José Lucas Verus era ocupante da carreta com porcos vivos. Ele já atuou como funileiro e morava em Coxim, a 253 km de Campo Grande. Jeferson Brunetto era quem conduzia essa carreta. Ele trabalhava como motorista de caminhão, com rotas regionais e internacionais. Constam endereços dele em São Gabriel do Oeste e em Santa Catarina.

Ezequiel Nordt conduzia a carreta com milho. Ele também exercia a profissão de motorista e morava em Treze Tílias, interior de Santa Catarina. O outro caminhão com alimentos era conduzido por Ednaldo Ramos dos Santos, que morava em Campo Grande. A perícia coletou informações do tacógrafo do caminhão de alimentos e foi constatado que o condutor estava dentro do limite de velocidade da via.

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