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Capital

Júri inocenta réu que matou vítima em porta de condomínio no Nova Lima

Anderson Antônio foi absolvido do crime de homicídio e condenado a dois anos de prisão em regime aberto por porte de arma

Geyse Garnes | 10/05/2018 19:19
Anderson disse durante o júri que tinha medo da vítima.(Foto: Saul Schramm)
Anderson disse durante o júri que tinha medo da vítima.(Foto: Saul Schramm)

Anderson Antônio de Brito Júnior foi inocentado durante julgamento nesta quinta-feira (10). Réu confesso da morte de Breno da Motta Marinho, 21 anos, o rapaz de 19 anos ele foi absolvido do homicídio e condenado a dois anos de reclusão e 10 dias-multas pelo crime de porte ilegal de arma de fogo.

Durante o julgamento no Tribunal do Júri, o MPE (Ministério Público Estadual) pediu que o réu fosse condenado por homicídio qualificado. A defesa, no entanto, defendeu três teses: a de absolvição por inexigibilidade de conduta adversa, de absolvição por legítima defesa, ou o reconhecimento de homicídio privilegiado.

Em depoimento, Anderson confessou o crime e ainda alegou que matou Breno porque tinha medo e era ameaçado constantemente por ele. Na sentença, o júri reconheceu a materialidade e a autoria do crime, mas ainda assim entendeu que o réu deveria ser absolvido. Pelo porte de arma de fogo, o jovem foi condenado a dois anos de reclusão e 10 dias multa, em regime aberto. Isso pois, ainda durante o depoimento, ele confessou ter comprado a arma por R$ 200,00.

Diante da decisão, o juiz decretou a liberdade provisória do suspeito, que cumpria prisão preventiva desde o homicídio.

O crime

O crime aconteceu por volta das 10h do dia 28 de fevereiro do ano passado, no condomínio Nova Lima II, na Rua Zulmira Borba, no Bairro Nova Lima, região norte de Campo Grande. O pai do réu, Anderson Antônio de Brito, 42 anos, chegou a ser acusado de dar cobertura ao filho na época, mas foi inocentado por falta de provas.

Conforme Anderson, comprou a arma por R$ 200 para se defender. No dia do crime, foi até a casa da avó, no Nova Lima, mesmo bairro em que a vítima morava, e levou o revólver calibre 32. Já na residência da avó, o réu encontrou com o desafeto que teria feito sinal o ameaçando. Ele, então, foi ao encontro de Breno para conversar e durante o diálogo a vítima teria confirmado que o mataria e virado as costas na sequência.

Armado, o acusado sacou revólver da cintura e disparou pelos menos seis vezes, segundo a denúncia. A vítima tentou escapar, porém foi atingida com tiro nas costas e no antebraço. Breno foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros, mas não resistiu. “Atirei porque fiquei com medo dele. Não me lembro quantos disparos foram”, afirmou.

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