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Capital

Justiça barra pedido de associação para assumir prédio abandonado da Omep

Imóvel teve indisponibilidade decretada como garantia do ressarcimento ao erário

Aline dos Santos | 10/12/2021 09:06
Localizado no Bairro Tiradentes, imóvel foi depredado. (Foto: Marcos Maluf)
Localizado no Bairro Tiradentes, imóvel foi depredado. (Foto: Marcos Maluf)

A Justiça negou pedido da Associação Mãe Águia, que atende 197 crianças e adolescentes vítimas de violência, para ocupar imóvel da Omep (Organização Mundial para a Educação Pré-Escolar), localizado no Bairro Tiradentes.

Desde o encerramento das atividades da entidade em 2016, após denúncias de irregularidades em convênios com a prefeitura de Campo Grande, o imóvel perdeu o colorido de quando era sala de aula para crianças e amarga depredações.

O local tem sujeira acumulada, documentos jogados pelo chão e infiltrações. Telhas, portas e fiação foram furtadas.

De acordo com o juiz da 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos de Campo Grande, David de Oliveira Gomes Filho, a iniciativa da associação é louvável, mas o imóvel teve indisponibilidade decretada como garantia do ressarcimento dos danos causados ao erário.

Entidade que atendia crianças fechou as portas após denúncias em contratos. (Foto: Marcos Maluf)
Entidade que atendia crianças fechou as portas após denúncias em contratos. (Foto: Marcos Maluf)

“Não consta que ele pertença ao Poder Judiciário ou que esteja com restrição ao seu uso, mas apenas para sua alienação a terceiros. Salvo engano, a posse do bem continua com o proprietário e cabe a ele dar o uso que entender adequado ao imóvel, desde que não impeça ou prejudique a indisponibilidade decretada cautelarmente na ação de improbidade administrativa”.

O magistrado extinguiu a ação proposta pela Associação Mãe Águia. No mês passado, diante da gravidade das reclamações sobre o prédio abandonado, o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) abriu procedimento administrativo para acompanhar a situação.

O Campo Grande News noticiou o drama de moradores da região, que sofrem com furtos e com a intensa circulação de usuários de drogas. A prefeitura já autuou a Omep por manter imóvel em “condição sanitária insatisfatória”.

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