Justiça dá 72h para prefeitura se manifestar sobre criação de 300 leitos
A Justiça deu prazo de 72 horas para a Prefeitura de Campo Grande se manifestar sobre a ação civil pública que cobra abertura de 300 leitos em hospitais.
O pedido do MPE (Ministério Público Estadual) era de liminar, porém, o juiz 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, Luiz Antônio Cavassa de Almeida, decidiu ouvir o poder público antes da decisão. O despacho do magistrado é do dia 29 de setembro.
Na ação, a promotora Filomena Aparecida Depólito Fluminhan pede a criação de 300 vagas de leitos no prazo máximo de três meses, além de mais 516 em um ano. As novas vagas são para suprir déficit de 816 leitos.
Campo Grande conta com 1.503 leitos de enfermaria, sendo o necessário 2.319 novas vagas. A demanda corresponde à população da cidade e de 33 municípios que buscam atendimento na Capital.
Sobrecarregadas, as três UPAs (Unidade de Pronto Atendimento) do município acabam fazendo às vezes de hospital, com pacientes internado por mais de 24 horas.
Conforme apurado pelo MPE, a maioria das vagas em hospitais é solicitada para pacientes que sofrem de problemas psiquiátricos, vítima de infarto, AVC (Acidente Vascular Cerebral) ou que estão com pneumonia.
A ação judicial foi proposta após o Ministério Público publicar recomendação pedindo a abertura de leitos. Foram realizadas reuniões com a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), mas a proposta do poder público foi considerada insuficiente.
Na última segunda-feira, a prefeitura anunciou a abertura de 40 leitos no HR (Hospital Regional) Rosa Pedrossian. A previsão é que as vagas fiquem disponíveis a partir de 13 de outubro.