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Capital

Justiça mantêm prisão de trio preso no "tribunal do crime"

Um quarto acusado recebeu liberdade provisória, mas será monitorado com tornozeleira eletrônica pelos próximos 180 dias

Adriano Fernandes | 30/07/2018 20:40
Material apreendido com o quarteto criminoso. (Foto: Divulgação)
Material apreendido com o quarteto criminoso. (Foto: Divulgação)

Continuarão presos três dos acusados de "julgarem" três vítimas no "tribunal do crime" do PCC (Primeiro Comando da Capital) na última sexta-feira (27) em Campo Grande. O juiz Juliano Rodrigues Valentim converteu em preventivas, as prisões em flagrante de Dilson Aparecido Marques dos Santos, 27 anos, Matheus Henrique Pontes de Souza, 22 anos e Clevan Silva dos Santos, 29 anos.

O quarto suspeito Arthur Moura Gonçalves, 24 anos, recebeu liberdade provisória, mas será monitorado com tornozeleira eletrônica pelos próximos 180 dias e também estará proibido de manter contato com os comparsas.

Tribunal do PCC

Quatro "julgadores" logo após serem encontrados pelos policiais. (Foto: Divulgação)
Quatro "julgadores" logo após serem encontrados pelos policiais. (Foto: Divulgação)

O caso ocorreu na última sexta-feira (27), por volta das 00h30 em um barraco na comunidade Morro do Mandela, na região do Bairro Morada do Sossego, em Campo Grande. Após denúncia anônima os policiais do GOI (Grupo de Operações e Investigações) e do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) resgatarem três vítimas que eram torturadas e julgadas.

As vítimas de 23, 25 e 26 anos foram torturadas com pauladas no pés. Duas delas - dois irmãos - estavam com as mãos e pés amarrados. A polícia apreendeu com os suspeitos carregadores de rádio, pistola 9 milímetros, espada de samurai afiada, balança de precisão, quatro munições, maconha, pedaços de paus e seis celulares, além de uma caminhonete Mitsubishi L-200 e uma motocicleta Honda Titan.

O local onde as vítimas eram julgadas é de difícil acesso e para chegar até lá sem chamar atenção, as equipes tiverem que deixar as viaturas no asfalto e seguirem a pé por 3,5 km. Mesmo assim, os suspeitos ainda tentaram fugir para uma área de mata e córrego quando perceberam a presença dos policiais.

Questionadas, as vítimas relataram que eram julgadas porque cometeram roubos na região. Os autores são integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital). Todos têm passagens pela polícia. A suspeita é de que todos são da mesma facção.

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