ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
DEZEMBRO, QUARTA  25    CAMPO GRANDE 25º

Capital

Justiça ouve testemunhas de acusação em 1ª audiência do ‘Caso Nando’

Morador do Danúbio Azul há 20 anos, Nando acreditava que tinha o dever de proteger seu bairro, para isso, matava quem o incomodava

Luana Rodrigues | 02/05/2017 15:49
Luiz Alves Martins Filho, o “Nando”, é apontado pela polícia como autor da morte de 16 pessoas. (Foto: Marcos Ermínio)
Luiz Alves Martins Filho, o “Nando”, é apontado pela polícia como autor da morte de 16 pessoas. (Foto: Marcos Ermínio)

Sete testemunhas de acusação foram ouvidas pela Justiça na primeira audiência do caso que envolve Luiz Alves Martins Filho, 50 anos, o Nando. Ele é acusado de ter matado pelo menos 16 pessoas em Campo Grande, entre os anos de 2012 e 2016, e ficou conhecido como um dos maiores serial killers do Estado, pela quantidade e a forma cruel como executava os crimes.

Entre as testemunhas ouvidas nesta primeira audiência foram interrogados dois delegados, Márcio Shiro Obara e Aline Gonçalves Sinnott, responsáveis, respectivamente, pela DEH (Delegacia Especializada na Investigação de Homicídios) e Deaij (Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude), além de cinco policiais civis, que participaram diretamente das investigações de 11 homicídios.

O teor dos depoimentos, tomados na segunda-feira da semana passada (24), não foi divulgado, já que o caso segue em segredo de Justiça.

Uma nova audiência está marcada para o dia 12 de junho, quando será o interrogatório de Nando, além de Michel Vilela Vieira, e Jean Marlon Dias Domingues, que também foram denunciados pelo MPE (Ministério Público Estadual) por participação nos crimes.

Nando, "o justiceiro" - Luiz Alves Martins Filho, o “Nando”, era morador conhecido no Danúbio Azul, região norte de Campo Grande. Pessoa simples, de conversa fácil e boa vontade. Isso até o dia 10 de novembro de 2016, quando a polícia descobriu que ele era uma espécie de “justiceiro” no bairro, responsável pela morte de 16 pessoas.

Durante as investigações, a polícia descobriu que essas vítimas faziam parte de um esquema que agia na região, sob o comando de Nando. Para ele, quem colocava em risco à “segurança” da comunidade deveria ser punido com a morte.

O bando aliciava adolescentes e jovens dependentes químicos para vender droga e se prostituir, em troco de pasta base de cocaína. As vítimas desapareciam quando se desentendiam com algum integrante do grupo ou tomavam atitudes que desagradavam o líder.

Depois de preso, Nando acabou confessando todos os crimes pelos quais é acusado, que inclui não só homicídios e ocultação de cadáver, mas também exploração sexual, inclusive de adolescentes, e tráfico de drogas.

Nos siga no Google Notícias