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Capital

Justiça revoga prisão de suspeita de “representar” ex-major Carvalho

Yslanda Maria Alves Barros foi alvo da operação Enterprise em novembro de 2020

Aline dos Santos | 02/08/2022 08:59
Ao ser presa em 2020, Yslanda foi apontada pela PF como "preposta" do ex-major Carvalho. (Foto: Reprodução)
Ao ser presa em 2020, Yslanda foi apontada pela PF como "preposta" do ex-major Carvalho. (Foto: Reprodução)

Presa há quase dois anos na operação Enterprise, Yslanda Maria Alves Barros teve a prisão preventiva revogada pela Justiça e deve deixar nos próximos dias o presídio feminino Irmã Irma Zorzi, em Campo Grande.

No ano de 2020, ela foi alvo de ação da PF (Polícia Federal) contra Sérgio Roberto de Carvalho, ex-major da PM (Polícia Militar) e conhecido como “Escobar brasileiro” pela suspeita de movimentar R$ 2 bilhões em cocaína.

De acordo com o advogado Ewerton Bellinati da Silva, a defesa foi técnica e objetiva em demonstrar a presunção de inocência. Corretora de imóveis e negócios, Yslanda foi presa em casa, na Capital, no dia 23 de novembro de 2020, com status de “preposta” - na tradução livre a "representante" do ex-major.

A Enterprise colocou Yslanda Barros no núcleo financeiro, responsável pela contabilidade do tráfico e atuando como secretária-executiva do grupo investigado. “Preposta de Sergio Roberto de Carvalho tanto em atividades relacionadas aos interesses financeiros de Sergio Roberto de Carvalho no Brasil. Atua como secretária-executiva de Sergio Roberto de Carvalho”, informa trecho da investigação da Polícia Federal.

Ainda de acordo com relatório, a atuação dela na parte financeira da organização foi demonstrada em planilhas encontradas em contas de e-mail de Yslanda.

De acordo com a defesa, as planilhas mencionadas no relatório da Polícia Federal são relativas a contrato para que Yslanda realizasse estudo de viabilidade de negócio em Natal (Rio Grande do Norte) para reforma de barcos.

A PF aponta que uma das divisões da quadrilha era o grupo “Barcos Natal”, especializado no preparo de grandes embarcações de pesca para exportação de carregamentos de cocaína em navegação oceânica. Os processos tramitam na Justiça Federal do Paraná.

Na data da prisão,  ela era esposa de Cícero Saad Cruz, dono, em 2018, da MinerWorld, empresa de bitcoins alvo de operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) por pirâmide financeira.

Foragido desde a operação Enterprise, Sérgio Roberto de Carvalho foi preso em 21 de junho. Ele foi flagrado com documento falso na Hungria.

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