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Cidades

Grupo criminoso comandado por ex-major Carvalho é alvo de operações da Federal

Organização é responsável por tráfico internacional de drogas, lavagem de dinheiro e contrabando

Ana Oshiro | 06/07/2022 08:37
Aviões usados por organização criminosa para tráfico de drogas e contrabando foram apreendidos em hangar no Mato Grosso. (Foto: Divulgação)
Aviões usados por organização criminosa para tráfico de drogas e contrabando foram apreendidos em hangar no Mato Grosso. (Foto: Divulgação)

Nesta quarta-feira (6) a Polícia Federal deflagrou as operações Catrapo e The Fallen, para desarticular uma organização criminosa responsável por tráfico internacional de drogas, lavagem de dinheiro e contrabando. O grupo tinha como líder o ex-major Sergio Roberto de Carvalho, o Major Carvalho, expulso da PM (Polícia Militar) de Mato Grosso do Sul, que foi preso na Hungria no dia 21 de junho, em ação de cooperação policial internacional.

A Operação Catrapo cumpre 28 mandados de busca e apreensão e 13 mandados de prisão temporária – expedidos pela 5ª Seção Judiciária do Mato Grosso – nos estados de Mato Grosso, São Paulo, Pará, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Amazonas, Paraná, Rondônia e Tocantins.

Durante as investigações, foi identificado que a organização criminosa se utilizava de aviões para transportar a cocaína adquirida no Peru e na Bolívia para a Europa, utilizando o estado do Mato Grosso como entreposto. A Polícia Federal interceptou duas toneladas de cocaína e identificou R$ 40 milhões em patrimônio durante a apuração. Os aviões foram apreendidos em hangar no Estado de Mato Grosso. A polícia não revela a cidade onde ocorreram as apreensões.

Já a Operação The Fallen cumpre 21 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão preventiva, expedidos pela Justiça Federal em Pernambuco, nos estados de Pernambuco, São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Bahia.

As investigações tiveram início em 2020, após a importação suspeita de peças de aeronaves portuguesas por uma empresa de Recife/PE, que as introduziu no Brasil pelo porto de Itajaí/SC. Após apurações conjuntas entre a PF, a Receita Federal e a ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil), foi constatado um esquema de contrabando de peças de aeronaves para o país para a utilização por narcotraficantes em atuação na fronteira.

Apura-se, ainda, a estratégia de lavagem de dinheiro montada pelo grupo criminoso, que se utilizava de empresas de fachada para movimentar valores no território nacional. Além disso, eram usadas empresas com sede no exterior para viabilizar a compra de aeronaves fora do Brasil, as quais serviam à organização criminosa investigada e também eram cedidas para outros grupos criminosos.

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