Laudo aponta "ferimento recente" e Polícia busca saber tempo de abusos
Com o laudo pericial que aponta “ferimento recente” no menino de 10 anos, que informou ter sido abusado por colegas da escola, em Campo Grande, a Polícia busca agora saber há quanto tempo ocorria o crime. Segundo a delegada Rozeman de Paula, titular da Deaij (Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude), as investigações apontam que os infratores estudavam há menos de um ano naquela escola.
“Dos três meninos suspeitos, de 13, 14 e 15 anos, um deles estuda há menos de um ano no local. Os outros dois há mais tempo, mas não no mesmo período da vítima. Então as informações estão sendo apuradas pela delegacia no sentido de identificar ao certo o período dos abusos”, afirma a delegada.
Na manhã desta sexta-feira (11), de acordo com a delegada, a mãe do adolescente voltou à escola. “Ela foi verificar o local onde ocorriam os abusos, enquanto que a vítima está sendo submetida a atendimento psicossocial”, explica a delegada.
Abuso? - Em depoimento à polícia, o menino de 10 anos disse que foi estuprado na Escola Municipal Consulesa Margarida Maksoud Trad, há pelo menos dois anos. Os abusos começaram quando a vítima tinha oito anos de idade e sempre ocorriam nos banheiros do colégio. O caso ocorreu no bairro Estrela Dalva.
A violência sexual sofrida pelo garoto de 10 anos foi descoberta há dois dias, data do último estupro. Conforme a família da vítima, o jovem nunca relatou nenhum episódio de violência.
Depois de mais uma sequência de abusos, o jovem sentiu dores e coceiras no ânus. Ele pediu ajuda para a mãe, que decidiu levá-lo ao posto de saúde. Na unidade, a médica fez exames iniciais e constatou a existência de duas fissuras na região anal.
A delegada também pediu à Justiça a autorização para a apreensão dos menores suspeitos. Ela precisa desse mandado de apreensão para os garotos de 13, 14 e 15 anos serem encaminhados à Unei (Unidade Educacional de Internação).