Laudo de perícia em caminhonete de cunhado de Marielly sai em dez dias
Polícia quer saber quem é o pai e quem levou corpo para canavial
O laudo da perícia iniciada ontem à noite na caminhonete L200 que pertence a Hugleice da Silva deve ser divulgado dentro de dez dias. Preso há uma semana, Hugleice é cunhado de Marielly Rodrigues Barbosa, que foi encontrada morta em um canavial de Sidrolândia no último dia 11 de junho.
A perícia no veículo busca vestígios de sangue. Também serão periciadas duas macas encontradas na casa do enfermeiro Jodimar Ximenes Gomes, suspeito de fazer o aborto malsucedido que resultou na morte da jovem. Ele mora em Sidrolândia e também está preso.
Depois de várias negativas, Hugleice admitiu que levou a jovem até a casa do enfermeiro, mas afirma ter deixado o local após ser informado que o procedimento não deu certo. Ele nega ser pai da criança e ter ajudado a ocultar o corpo.
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Fabiano Nagata, o prazo do inquérito deve vencer na próxima semana. Ele deve pedir nova prorrogação para esclarecer outros dois pontos: quem levou o corpo da jovem para o canavial e quem é o pai da criança.
Sem dar detalhes, o delegado lembra que não é possível fazer exame de DNA para descobrir a paternidade, portanto será necessária a produção de provas. Ainda durante o desaparecimento da vítima - vista pela última vez no dia 21 de maio, em Campo Grande - o notebook da jovem foi vistoriado pela polícia.
Mas as conversas e contatos da internet não teriam fornecidos pistas. Homens que apareciam em fotos com a jovem foram identificados pela família como amigos. A polícia ainda investiga o resultado da quebra do sigilo telefônico da vítima.
No canavial, a garota foi encontrada com uma espécie de avental cirúrgico e chinelos, além de trança no cabelo, o que poderia indicar que a preparação para uma cirurgia. Na região pélvica foi encontrada uma "massa putrefata", apontou a perícia, mas não foi possível determinar se era um feto.