Laudo que apontará se namorada foi agredida fica pronto na próxima semana
O laudo pericial de exame de corpo de delito que apontará se Giovanna Nantes Tresse de Oliveira, 18 anos, foi agredida pelo namorado Matheus Georges Zadra Tannous, 19, na noite de réveillon, em Campo Grande, ficará pronto na próxima semana.
Segundo da delegada responsável pelas investigações, Rosely Molina, da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), o exame foi feito por uma médica enquanto a menina estava internada na Santa Casa.
“A expectativa é de que no início da próxima semana eu tenha esse laudo em mãos. Demorou um pouco porque esbarramos no Poder Judiciário. A Santa Casa só fornece o laudo médico com autorização judicial e tivemos que fazer o pedido”, justifica.
Molina ainda revelou que já ouviu o médico que prestou atendimento à paciente no hospital. No entanto, o depoimento dele não acrescentou nas investigações. “O médico disse que não poderia adiantar nada porque tinha que aguardar o exame pericial”, fala.
Suspeito foragido – Enquanto o inquérito policial está em andamento, Matheus Tannous continua foragido da Justiça. O mandado de prisão contra ele foi representado pelo MPE (Ministério Público Estadual) no dia 8 de janeiro. De lá para cá, buscas foram feitas em três endereços.
“Se alguém tiver informação dele pode denunciar. O Matheus é foragido assim como muitos outros homens envolvidos em casos de violência doméstica. É mais um caso de mandado de prisão expedido em que a gente procura o acusado”, explica.
A reportagem entrou com contato com o advogado de Matheus, Armando Suarez Garcia, para saber se o suspeito pretende se entregar. No entanto, ele não foi encontrado para comentar o caso.
Depoimento principal – Ainda conforme a delegada, o principal depoimento do caso, o da vítima, ainda deverá ser prestado. Giovanna se recupera na casa de familiares e falará com a polícia assim que tiver condições físicas e psicológicas.
“Assim que a família autorizar, quero ouvir a vítima. Ontem eu conversei com a mãe e ela disse que Giovanna não tem condições de conversar. Por enquanto, estamos aguardando”, conta Molina.
O inquérito que investiga a suposta agressão deve ser finalizado até a primeira semana de fevereiro. Conforme a delegada, o prazo total é de 30 dias contados a partir da instauração da investigação, dada no começo do ano. “Tenho até o final desse prazo para ouvir a vítima”, conclui a delegada.