Namorada “agredida” começa terapia e não deve prestar depoimento hoje
A estudante Giovanna Nantes Tresse de Oliveira, 18 anos, não deve comparecer à Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) na tarde de hoje (14), para prestar depoimento. Ela deve adiar o comparecimento por causa do tratamento psicológico que ela começou na sexta-feira (10).
A sessão desta terça-feira é a terceira do tratamento, e cada uma dura, em média, duas horas, com uma psicóloga da promotoria de Justiça da 1ª Vara de Violência Doméstica de Campo Grande. A jovem teria sido vítima de uma agressão, cujo namorado, Matheus Georges Zadra Tannous, 19, é o principal suspeito.
A mãe da estudante, a auxiliar administrativa Janaína Nantes, justifica a ausência da filha à delegacia dizendo que prefere que Giovanna esteja mais consciente dos fatos antes de falar com a delegada.
Ainda de acordo com a mãe, a jovem deve prestar depoimento somente quando for liberada pela psicóloga. Janaína explica também que Giovanna está se inteirando do assunto.
“Ela está meio perdida, não se lembra de tudo, por isso ela precisa estar muito bem antes de prestar o depoimento”, esclarece a mãe da jovem. Janaína ainda ressalta que tem medo de a conversa com a delegada ser precipitada e acabar não sendo esclarecedora, pelo fato de a estudante ainda estar bastante confusa em relação aos acontecimentos na noite da virada do ano.
A delegada Rosely Molina, titular da Deam, enviou a intimação para a família de Giovanna e aguarda a oitiva para a tarde desta terça-feira (14). Segundo Molina, o depoimento da vítima é primordial para o andamento do inquérito policial.
Crime - Giovanna foi internada na madrugada do dia 1º de janeiro, com quatro fraturas no rosto, duas no maxilar e duas abaixo do olho direito, sendo que precisou passou por cirurgia. Ela se recupera em casa, após uma semana internada na Santa Casa.
Há dois dias, em entrevista ao Campo Grande News, Giovanna falou com familiares e estes repassaram a atual situação da vítima. Pesando 38 quilos, desnutrida e com crises de pânico, a estudante diz que apenas se recorda que estavam bebendo e acredita que, em seguida, ele colocou algo na bebida dela ou então levou um soco “muito forte” que a deixou desacordada.
Apesar da tragédia que deixou o rosto de Giovanna quebrado em quatro partes e abalou toda a família da jovem, a mãe dela relata que o apoio recebido dos campo-grandenses é um conforto para os parentes e amigos da estudante.