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Capital

Levantamento da prefeitura em favela só fica pronto na próxima 3ª

Marta Ferreira | 31/10/2019 19:19
Equipes durante ação em favela nesta quinta-feira. (Foto: Viviane Oliveira)
Equipes durante ação em favela nesta quinta-feira. (Foto: Viviane Oliveira)

A Emha (Agência Municipal de Habitação) pretende concluir até terça-feira o levantamento solicitado pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) sobre a situação da favela Comunidade do Mandela, em Campo Grande, ocupação formada, segunda prefeitura, em sua maioria por famílias que já haviam recebido casas do programa habitacional popular. A promotoria quer solução para as famílias.

Pela manhã, cerca de 150 servidores, entre funcionários da Emha, Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) e Guarda Municipal foram até a comunidade para coletar as informações. Também destruíram barracos desocupados.

De acordo com o diretor-presidente da Emha, a situação ali é delicada e será preciso avaliar como atender as famílias, já que não há uma linha pública, de acordo com ele, dedicada a reassentamento. Segundo ele, os moradores já receberam casas, mas boa parte que está no local acabou vendendo os imóveis.

Enéas explicou que, além da verificação in loco, foi usado um equipamento de georreferenciamento, uma espécie de escaneamento do local, para confrontação dos dados.

Nas contas do diretor da Emha, apenas 30% das pessoas instaladas realmente precisam ser atendidas pela prefeitura. Segundo ele, muitos são remanescentes da Favela Portelinha, que ficava na mesma região. Cerca de 300 famílias foram transferidas para residencial construído pelo município e logo outra favela surgiu.

Na comunidade, as ligações de energia são clandestinas. Em julho, operação da Energisa acabou com 250 ligações no local, em ação que acabou revoltando moradores que chegaram a bloquear a rodovia que dá acesso à região. Por isso o Ministério Público solicitou à prefeitura investigação sobre a realidade no local.

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