Loja incendiada e três imóveis vizinhos são interditados
Além de prejuízo financeiro, o incêndio na loja Paulistão, em Campo Grande, nessa quinta-feira, obrigou famílias a mudar de endereço. É que a Defesa Civil interditou três imóveis e o prédio do comércio por risco de desabamento.
O cenário no local um dia após o incêndio inclui ainda fumaça, novos focos, bombeiros, Defesa Civil e perícia trabalhando. Funcionários e proprietários da loja também estão lá e falam no restabelecimento do comércio.
O fogo começou por volta das 7 horas dessa quinta-feira e destruiu a loja. As chamas só foram controladas cerca de três horas depois. Neste período, as labaredas e as fumaças podiam ser vistas de longe e assustaram muita gente.
A cobradora de ônibus Sueli Aparecida Almeida, 56 anos, foi uma delas. “Tinha tocha de fogo no meio da fumaça. Foi horrível”, disse a trabalhadora, relembrando a cena que viu de dentro de um ônibus.
“Era muita fumaça, gente em pânico”, conta a agente de terminal, Márcia Souza, 38 anos. Ela e outras pessoas que estavam no Terminal Morenão foram obrigadas a sair do local. Trechos da avenida Costa e Silva ficaram interditados e nas vias próximas o trânsito ficou tumultuado.
A rede de energia foi desligada e 322 imóveis ficaram sem energia. Cerca de duas horas depois, apenas 208 continuavam sem luz, que só foi religada no início da noite, quando os bombeiros terminaram o trabalho de rescaldo.
Nesta manhã, peritos faziam levantamentos no local e viram que havia focos que poderiam causar novo incêndio. Bombeiros foram chamados.
De acordo com o coordenador de operações da Defesa Civil, Sebastião Rayol, o Paulistão e os imóveis que ficam atrás – duas residências e um escritório- estão interditados porque há risco de desabamento. Os moradores foram para casa de parentes.
Estes imóveis são geminados com a parede de fundo do Paulistão, cujo teto desmoronou e vidros quebraram. Parte do telhado caiu na cobertura da distribuidora de alimentos, que fica ao lado.
O dono do comércio, Adão Alves dos Santos, 63 anos, disse que não houve danos às mercadorias, as quais foram retiradas a tempo. O prejuízo é com a estrutura, que tem seguro, assim como a do Paulistão.