Vizinha de loja, mulher sai de casa e salva gato, filha e eletrodomésticos
Parede da residência corre risco de desabar, como já aconteceu com o teto do Paulistão. Chamas ainda estão altas
O risco de desabamento em imóveis vizinhos ao da loja Paulistão, consumida pelo fogo desde às 7 horas, fez moradores e comerciantes deixarem os locais.
Uma das vizinhas que precisou sair de casa é a filha de Marilda Torres de Deus. “Ela saiu com minha netinha e a gatinha no colo”, conta.
Depois que a filha saiu, ainda por causa da fumaça, o Corpo de Bombeiros mandou retirar tudo que fosse possível porque as paredes poderiam desabar. Marilda só conseguiu tirar a geladeira, a televisão e o fogão. “O sentimento é de tristeza”, diz Marilda, que tem escritório na frente da casa.
A casa é uma edícula e divide parede com os fundos do Paulistão. Esta estrutura está inclinada e pode cair a qualquer momento.
Outros moradores e comerciantes da rua Salgueiro, paralela à avenida Costa e Silva, onde fica o Paulistão, também saíram de casa. Uns por iniciativa própria, como é o caso de Margarida Pereira Alonso, 50 anos, que saiu com o neto, e outros por determinação do Corpo de Bombeiros.
Comerciantes vizinhos ao Paulistão também estão fora dos prédios por causa do risco de desabamento e também de incêndio. As redes de gás e de energia elétrica na região foram desligadas.
O teto do paulistão desabou e parte caiu no telhado da distribuidora de alimentos que fica ao lado, causando dano. Vidros se quebraram.
A fumaça sai pelas janelas e é vista de diversos cantos da cidade. O trânsito está interditado na Costa e Silva e, nas vias próximas, tumultuado.
Pelo menos 25 bombeiros trabalham no combate às chamas. Mais de duas horas depois as labaredas começam a diminuir.
O Paulistão fica bem próximo ao quartel do Corpo de Bombeiros localizado na Costa e Silva. Caminhões pipas ajudam nos trabalhos.
Este é o segundo incêndio na rede de lojas de brinquedos e utilidades domésticas. No início da noite de 11 de agosto de 2007, a unidade localizada na rua Rui Barbosa, no Centro e, foi destruída pelo fogo. À época, as chamas acabaram com estoques e causou sérios danos à estrutura física do prédio. O combate durou mais de 10h.