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Capital

Luta por reajuste de professores pode começar do zero em 2017

Acordo com prefeitura prevê retomada das negociações em fevereiro

Leandro Abreu | 12/05/2016 13:22
Professores lutam pelo reajuste baseado na lei 5.411/14 desde o ano passado. (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)
Professores lutam pelo reajuste baseado na lei 5.411/14 desde o ano passado. (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)

Lutando desde o ano passado pelo reajuste salarial que equipare o piso municipal dos professores da Reme (Rede Municipal de Ensino) ao nacional, a definição do debate foi mais uma vez adiada e ficou para 2017, quando Campo Grande pode ter um novo prefeito eleito em outubro deste ano, o que pode fazer toda negociação voltar a estaca zero. Para este ano, a categoria aceitou um aumento de 3,31%, quando cobrava 24,37%.

Com uma adesão de aproximadamente 30% dos professores, a greve durou nove dias e foi perdendo força com o passar do tempo. O acordo entre prefeitura e ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública) foi fechado na tarde de ontem, no Paço Municipal. Com os 3,31%, o salário inicial dos docentes municipais passa a corresponder 82,11% do piso nacional.

De acordo com o presidente da ACP, Lucílio Nobre, além do aumento de 3,31%, também ficou acordado que na primeira quinzena de fevereiro do ano que vem, a prefeitura encaminhe à Câmara Municipal uma proposta de como fará para cumprir a lei 5.411/14, sobre a equiparação ao piso nacional. “Fica sob responsabilidade do atual prefeito, caso não seja reeleito, passar ao novo administrador o acordo firmado com os professores e o compromisso de fevereiro”, explicou.

Sobre o risco que a categoria corre de ter que iniciar do zero uma negociação com o novo prefeito, o presidente do sindicato concorda que é um futuro incerto, mas que confia que os próximos gestores manterão o compromisso. “Estamos em uma conjuntura nacional muito turbulenta, com muitas especulações do que pode surgir. É tudo incerto”, concluiu o sindicalista.

Os professores cobravam um reajuste de 24,37%, somando 13,01% referente ao ano passado e 11,36% desse ano. A recusa da categoria do índice de 9,57% é justificada pela ACP que o acréscimo não estaria vinculado à lei do piso, e isso geraria perdas futuras maiores aos docentes.

A reposição das aulas perdidas por conta da greve ainda será decidida em conjunto com a Semed (Secretaria Municipal de Educação). Ao todo foram nove dias de paralisação parcial.

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