Com greve esvaziada, professores aceitam 3,31% de reajuste salarial
A Prefeitura Municipal de Campo Grande concederá 3,31% de reajuste aos professores da Reme (Rede Municipal de Ensino) e, com isso, até a próxima segunda-feira (16), se encerra a greve parcial, que atingiu apenas 30% das escolas da Capital, de acordo com a categoria. O anúncio foi feito na tarde desta quarta-feira (11), no gabinete do prefeito, Alcides Bernal (PP).
O valor pedido pelos docentes incorpora a inflação do mês de abril, e incide na Lei 5.411/14, a chamada "Lei do Piso". Em proposta anterior feita pela Prefeitura, o reajuste seria de 2,79%, que seria o máximo que a legislação eleitoral permite em período pré-eleitoral.
Participaram do encontro, o presidente da ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública), Lucílio Nobre, o advogado da entidade, Ronaldo Franco, o assessor da prefeitura, Paulo Pedra, o procurador-geral de Justiça, Denir Nantes, o secretário de Administração, Ricardo Ballock, e a vereadora Luisa Ribeiro (PPS).
"Não é o que a categoria queria, nós queriamos a integralização do piso, em 100%, mas o importante é a gente não perder a lei 5.411", comentou Lúcilio Nobre. Segundo o sindicalista, com o acréscimo de 3,31%, o salário inicial dos professores passa a corresponder a 82,11% do piso nacional.
Nobre justifica ainda, a recusa da categoria do índice de 9,57%, alegando que o acréscimo não estaria vinculado à lei do piso, e isso geraria perdas futuras maiores.
"É uma solução que atende os professores e professoras. Agradeço a compreensão da categoria, que entendeu a legislação eleitoral e as dificuldades financeiras da prefeitura", declarou o pepista.
Bernal garantiu ainda, que o reajuste é linear e será repassado para todos os servidores municipais.
A acordo será enviado para tramitação e votação na Câmara Municipal. Assim que a proposta for confirmada, os professores vão se reunir em assembleia para encerrar a greve na segunda-feira.
A reposição das aulas será decidida em conjunto com a Semed (Secretaria Municipal de Educação). Ao todo foram 9 dias de paralisação parcial.
Para o ano seguinte, Lucílio Nobre disse que ficou pré-acordado que na primeira quinzena de 2017, a prefeitura deve apresentar proposta para cumprir a lei do piso, deixando o salário inicial dos professores correspondente a 100% do piso nacional.