Mãe e filha ficaram no meio de tiroteio que terminou com jovem morto na Capital
Mulheres estavam tomando tereré na calçada quando os disparos começaram
Traumatizada e assustada com o homicídio ocorrido em frente à casa onde vive, idosa de 67 anos contou os momentos de “terror” que passou ao presenciar o tiroteio que terminou com Robert Regis da Silva, de 24 anos, morto a tiros. O caso aconteceu na tarde desse domingo (5), no Residencial Mário Covas, em Campo Grande.
RESUMO
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Uma idosa de 67 anos relatou momentos de terror ao presenciar um tiroteio que resultou na morte de Robert Regis da Silva, de 24 anos, em Campo Grande. O incidente ocorreu enquanto ela e sua filha, que possui síndrome de down, estavam na calçada de casa. Após ouvirem os disparos, as mulheres correram para dentro de casa, onde aguardaram a situação se acalmar. A vítima era conhecida na região e frequentemente passava pela rua. O crime foi registrado por câmeras de segurança, mostrando Robert sendo abordado por um motociclista antes de ser baleado. O caso gerou preocupação na comunidade, especialmente devido ao impacto do crime na vida cotidiana dos moradores, que agora enfrentam prejuízos materiais e o medo de novos episódios de violência.
O Campo Grande News esteve no local onde tudo aconteceu, na manhã desta segunda-feira (6), e conversou com a moradora que, ainda “tremendo”, afirmou ter passado um dos piores momentos da vida ao lado da filha, de 20 anos, e que possui síndrome de Down.
À reportagem, a mulher contou que estava na calçada de casa, junto da filha, e que ambas tomavam tereré, como de costume. Enquanto estavam sentadas atrás do caminhão do marido dela, escutaram os primeiros tiros.
“Nós ficamos todas alvoroçadas, eu não sabia o que fazia. Fiquei agarrada com ela [a filha] gritando por socorro. Estou tremendo até agora. O caminhão nos protegeu. Acho que ele ia tentar entrar aqui, mas viu eu e minha filha trancando o caminho dele, foi desviar por lá e tomou mais tiro. A gente escutou até os gemidos dele caído ali no poste. Acho que ele ia tentar entrar na varanda da vizinha também”, disse.
Após os disparos, as mulheres correram para dentro de casa, onde aguardaram o atirador ir embora. Minutos depois, notaram que Robert havia morrido ainda no local.
A PM (Polícia Militar) foi acionada e isolou o local até a chegada da Polícia Civil e Perícia. A moradora relatou, ainda, que a vítima era conhecida na região e sempre passava pela rua para chegar até a casa onde morava.
Por conta dos tiros, o veículo que estava estacionado em frente à residência ficou com os vidros frontais e traseiros danificados. “Agora ficou o prejuízo. Meu marido está preocupado, porque a gente trabalha com isso e é nosso ganha-pão. O carro vai ter que ficar parado”, contou.
Outra moradora, que prefere não se identificar, disse que, na semana passada, Robert foi visto correndo na mesma rua fugindo de alguma pessoa, quando ele até chegou a invadir uma casa para escapar da perseguição.
À época, a mulher contou que não ouviu nenhum disparo de arma de fogo ser efetuado, mas que a vítima sempre estava “envolvida com coisa errada”.
O caso - De acordo com as informações que constam em boletim de ocorrência, o suspeito abordou a vítima que seguia pela Iemen e efetuou 16 tiros com uma arma calibre 9 milímetros.
Depois, o suspeito fugiu. Mesmo ferido, Regis correu e caiu na esquina. O socorro foi chamado, mas a vítima morreu. No bolso do short, peritos encontraram uma porção de cocaína, que foi apreendida e entregue à Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico).
A vítima tinha 36 passagens pela polícia, mas ainda não há informações se o crime tenha sido motivado por alguma dessas ocorrências. A reportagem apurou que Robert Regis tem passagens desde quando ele era menor de idade.
Constam ocorrências de resistência e tráfico de drogas. Ele também já foi vítima de tentativa de homicídio.
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