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Capital

Mãe faz vaquinha de R$ 100 mil para prótese do filho vítima de acidente

Patrícia perdeu o pai no acidente e segue lutando para dar mais qualidade de vida ao filho "Joãozinho"

Adriano Fernandes | 29/07/2022 23:47
Deformação no crânio de "Joãozinho" causada pelo acidente. (Foto: Arquivo Pessoal) 
Deformação no crânio de "Joãozinho" causada pelo acidente. (Foto: Arquivo Pessoal)

Há pouco mais de cinco meses, batida causada por um motorista bêbado na BR-262, causou prejuízo incalculável para uma família que vivia no distrito de Palmeiras, a 105 quilômetros de Campo Grande. Um idoso, de 61 anos, morreu na hora por conta do acidente e outras quatro pessoas ficaram feridas entre elas o pequeno João Carlos Sandes de Freitas, o "Joãozinho", de 11 anos.

Para a mãe do menino, Patricia Ribeiro da Silva Sandes, de 42 anos, o filho ter sobrevivido foi um "milagre de Deus" e agora ela segue lutando para melhorar a qualidade de vida do garoto. João precisa de uma prótese de crânio, avaliada em R$ 100 mil e como a família não tem recursos para bancar a cirurgia, conta com a solidariedade de quem puder ajudar. Uma vaquinha online foi criada para arrecadar o dinheiro necessário para o procedimento.

João de cadeira de rodas enquanto se recuperava do acidente. (Foto: Arquivo Pessoal) 
João de cadeira de rodas enquanto se recuperava do acidente. (Foto: Arquivo Pessoal)

A deformidade no crânio é a sequela mais grave de um acidente que deixou outras sérias marcas em "Joãozinho". No acidente, o menino quebrou o braço, a clavícula e ficou cerca de 31 dias internado na Santa Casa de Campo Grande. "O João é um milagre de Deus. Meu filho teve três paradas cardíacas, deixou o hospital sem andar, sem falar, mas graças a Deus e a fisioterapia hoje ela já recuperou os movimentos, mas o desenvolvimento dele foi muito comprometido. Ele tem a mentalidade de uma criança de 4 anos", comenta Patrícia.

Nada tira da cabeça da mãe a triste lembrança daquele 20 de fevereiro de 2022. Patricia, o marido, os dois filhos e o seu pai, Antônio Carlos Vieira Sandes, de 61 anos, eram os ocupantes de um Corsa Classic que foi atingido de frente por um Renalt Clio, que era conduzido por Alisson Afonso Espíndola, de 24 anos. "Nós estávamos voltando de Douradina, passamos no mercado em Campo Grande para fazer uma comprinha e estávamos indo para Palmeiras", conta. A viagem, no entanto, não chegou ao destino final conforme a família previa.

"Joãozinho" durante passeio no shopping após ter alta. (Foto: Arquivo Pessoal) 
"Joãozinho" durante passeio no shopping após ter alta. (Foto: Arquivo Pessoal)

Alisson seguia sentido à Capital acompanhado da esposa, de 27 anos, e bateu de frente com o Corsa da família, durante uma ultrapassagem. Bêbado e sem CNH (Carteira Nacional de Habilitação), o rapaz tentou fugir a pé após o acidente e quase foi linchado por outros motoristas. A última notícia que Patrícia teve do suspeito era de que ele está preso, mas não por por conta do acidente. "Parece que ele já era alvo de um mandado", comenta.

Desde a colisão a vida da família virou de cabeça para baixo. Patricia teve de se mudar para Campo Grande com João por conta do tratamento enquanto o marido, segue trabalhando em fazenda no interior. A dona de casa se dedica quase que exclusivamente ao filho.

"Joãozinho" de apenas 11 anos, sobrevivente de acidente grave. (Foto: Arquivo Pessoal) 
"Joãozinho" de apenas 11 anos, sobrevivente de acidente grave. (Foto: Arquivo Pessoal)

"Desde quando tudo isso aconteceu não tem sido fácil. Eu perdi meu pai, minha mãe até hoje não se recuperou, tivemos o prejuízo com o carro. Sobrevivemos com a ajuda da família, dos amigos. O João precisa fazer fisioterapia três vezes na semana", lamenta. A prescrição médica para o uso da prótese craniana saiu esse mês, depois que o ferimento na cabeça de "Joãozinho" cicatrizou completamente.

Com a ajuda de um advogado a família tenta conseguir na Justiça que o Estado pague pela prótese, mas o processo é longo e demorado. "Eu não posso ficar de mãos atadas esperando, só eu sei o que eu passo com o meu filho. O João não pode ir para a escola, não consegue brincar. Eu que convivo com ele, sei o quanto essa situação deixa ele triste então eu tenho fé de que a gente vai conseguir eu vou continuar lutando. Eu não vou ficar olhando meu filho sofrer, sem fazer nada", desabafa.

Quem puder ajudar na vaquinha online para bancar a prótese de "Joãzinho" deve acessar este link. Interessados em judar a família de qualquer outra forma com doações também pode procurar a Patrícia através desse contato (67) 9 9814-9428.

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