Mãe que mandou filhas "pararem de invenção" pode responder por estupro
A mãe das duas crianças de 6 e 12 anos que teriam sido estupradas pelo padastro de 21 anos também pode ser indiciada pelo crime, segundo a polícia. As meninas foram afastadas da mãe e encaminhadas para um abrigo na tarde da última quarta-feira(04).
Conforme o delegado Paulo Sérgio Lauretto, Depca (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente), a polícia irá apurar a omissão e até participação da mãe no estupro das meninas.
Em depoimento, as duas disseram que contaram à mãe sobre os abusso do padrasto, mas a mulher não acreditou e as mandou "parar de inventar história".
Abusos - Segundo o registro policial, a menina mais velha afirmou que o padrasto apenas "tentou" o abuso contra ela durante a noite, quando ela acordou e ele estava a apalpando.
Mas a menina de seis anos disse que o suspeito praticou estupro vaginal e oral contra ela, sendo que após o ato, começou a sentir dores na vagina ao urinar. Elas foram conduzidas à delegacia para os procedimentos cabíveis, onde foi acionado o Conselho Tutelar Norte.
As crianças ainda apontaram que contaram o caso para a mãe, mas a mulher não acreditou nas filhas, mandando-as ficarem quietas e pararem de inventar histórias. Até o momento o suspeito não foi preso.
Conforme informações do Conselho Tutelar Norte, que acompanha o caso, as duas crianças foram ouvidas por uma psicóloga, que fez uma escuta qualificada, depois disso a Justiça decidiu aplicar uma medida protetiva e encaminhá-las a um abrigo.
O conselho continuará acompanhando as crianças, mas o caso está sob responsabilidade da Vara da Infância e Juventude de Campo Grande e da Depca (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente).
