Maioria em acidentes é homem, motociclista e tem entre 26 e 40 anos
Em 2021, Santa Casa recebeu 2.334 homens vítimas do trânsito, ou seja, 77% do total
O ano de 2022 segue no ritmo preocupante de acidentes de trânsito, que levaram mais de 2,5 mil pessoas à mesa de cirurgia em 2021. No ano passado, foram operados 85% dos 2.998 pacientes que deram entrada na Santa Casa, após acidentes nas ruas de Campo Grande. A maioria dos acidentes ocorreu com homens, envolvendo motocicletas e teve vítimas de 26 a 40 anos de idade. O hospital recebeu 1.033 pacientes dessa faixa etária.
Neste ano, até março, 27 pessoas morreram no local do acidente, conforme o BPTran (Batalhão de Trânsito da Polícia Militar). Dados da Santa Casa, de janeiro e fevereiro, revelam que 413 pacientes vítimas de acidente de trânsito foram parar no hospital, sendo que, destes, 289, ou seja, 70%, envolveram motociclistas e 181, o que representa 43%, tiveram carros envolvidos. Duas pessoas morreram no hospital.
Dos pacientes atendidos em todo o ano de 2021, 2.334 eram homens e 664 eram mulheres. Dos feridos, 77% eram homens. Nos acidentes do ano, 2.206, ou seja, 73% das ocorrências envolveram motociclistas.
O pronto-socorro da Santa Casa atendeu 49 pacientes com idade entre zero e dez anos; 157 pessoas de 11 a 17 anos; 829 acidentados de 18 a 25 anos; 1.033 feridos de 26 a 40 anos; 735 pacientes de 41 a 60 anos; e 195 pessoas com 61 anos ou mais.
Do total de pacientes, 73 morreram no hospital. “Vale lembrar que este motivo [acidente de trânsito] é o que levou às internações, mas o óbito está relacionado a consequência da complexidade dos casos que foram recebidos”, explica a assessoria da Santa Casa.
Mortos no local
De janeiro a março, 27 pessoas morreram no local do acidente, conforme o BPTran (Batalhão de Trânsito da Polícia Militar). Em 2021, foram 73 mortes dessa forma.
Considerando que o ano passado teve média de seis mortes no local por mês, o ano de 2022 já começa com número superior. Nos três primeiros meses, a média de mortos no local é de nove pessoas. Se continuar nesse ritmo, a Capital pode fechar o ano com mais de 100 mortos somente nos locais dos acidentes.