Mal começou a chover e buracos já causam transtornos nas ruas
Com a chegada do período chuvoso, o asfalto das ruas de Campo Grande, mais uma vez, não passou na prova de fogo – foi só a primeira chuva forte cair, no início da semana, e os buracos já estão evidentes nas vias.
Além do risco para a segurança dos condutores, vêm os prejuízos financeiros: os buracos não só pesam no bolso dos motoristas, que gastam com peças danificadas e pneus furados, como para os cofres públicos da cidade, que investem em remendos que voltam a ruir com a primeira garoa.
Um dos pontos mais críticos é a avenida Guaicurus, na saída para São Paulo. O asfalto é irregular, cheio de ondulações e, mesmo com os aparentes remendos, também há vários buracos.
A Guaicurus foi apontada pelos próprios motoristas que, ao serem questionados, indicaram a avenida para a reportagem do Campo Grande News. O operador de máquinas Ademir de Sousa, 34 anos, comenta o risco que é pilotar uma moto em meio aos buracos. “É um perigo enorme, principalmente à noite, que é mais difícil enxergar. A gente tem que prestar atenção no chão, no trânsito, na sinalização, um verdadeiro malabarismo”, conta.
“A suspensão do carro vai para o pau, tem que mandar para a oficina direto. Na Guaicurus, a gente passa com o carro tremendo, já pensando no prejuízo e tomando cuidado para desviar dos buracos e, com isso, causar um acidente”, acredita o autônomo Ivan Coelho, 37 anos.
"Na última vez que levei para revisão, a brincadeira me custou R$ 600. Disso aí, calcula suspensão, alinhamento, balanceamento, tudo que estraga com esses baques no asfalto", acrescenta o motorista.
Ivan e Ademir estavam na avenida Ernesto Geisel, outra avenida sempre lembrada por causar dor de cabeça à quem dirige pela Capital. Por lá, o recapeamento é visivelmente recente, mas novos buracos já começam a aparecer.
“Vieram arrumar logo depois que caiu aquela chuva forte, mas já ta abrindo tudo de novo. Não adianta nada maquiar o asfalto, gastar dinheiro, e com qualquer chuvinha já estragar tudo de novo. Isso é jogar nosso dinheiro fora”, acredita Neuza Lúcia Tavares, que mora na Norte-Sul há mais de 20 anos, na altura do bairro Taquarussu. “Isso aqui sempre foi assim, desde que me mudei. É um tira e põe de máquina, interdita trânsito, para voltar a ser como era antes”, acrescenta.
Prefeitura – A reportagem tentou entrar em contato com a secretaria de municipal de Infraestrutura e Transporte, mas o responsável pela pasta, Semy Ferraz, não atendeu as ligações para esclarecer com ficará o recapeamento das ruas com as chuvas mais freqüentes.