Matagal na região de posto de saúde do Tiradentes chega aos 2,5 metros
Moradores da região da UBS (Unidade Básica de Saúde) do bairro Tiradentes esperam há mais de três meses por limpeza nos terrenos tomados pelo mato e que colocam a saúde de quem mora na região em risco. Segundo eles, foram registradas diversas denúncias junto à Prefeitura de Campo Grande, no entanto, até o momento, nenhuma providência foi tomada. Eles querem a limpeza ou, no mínimo, multa aos proprietários.
Na Avenida Coronel Ulisses de Lima, rua dos fundos ao Posto de Saúde, há três áreas sem limpeza. Em um deles, o mato chega a quase 2,5 metros. “Meu patrão já mandou limpar ao redor do muro por diversas vezes com medo de alguém colocar fogo e pegar na casa dele. Ele ainda teve que pagar do próprio bolso, pois ninguém nem sabe quem é o dono desse terreno”, afirma a empregada doméstica que trabalha ao lado do terreno baldio, Rose Barbosa, 43 anos.
Além de trazer ricos à saúde, o abandono das áreas reduz a sensação de segurança dos moradores e acaba prejudicando negócios. Três casas foram construídas em frente ao matagal e ainda não têm previsão de venda, explica o corretor de imóveis, Bruno Menezes, 28 anos.
“Com certeza o mato é um ponto muito negativo para realização da venda do imóvel, ainda mais se for para alguma mulher sozinha, ou que sempre chega sozinha em casa. Apesar de a rua ser próxima a avenida, ela é bem parada durante a noite e o matagal pode servir de abrigo para bandidos”, afirmou o profissional de vendas.
Na rua lateral à UBS, o cenário de abandono se estende, mas com um agravante: A falta de cuidado com os terrenos faz com que as pessoas joguem lixo nas áreas. O entulho bloqueia a passagem das calçadas e a situação piora para os idosos.
A aposentada Alaíde Vieira Barros, 74 anos, tem que andar no meio da rua quando vai ao médico. A cena ocorreu justamente na hora em que a equipe de reportagem do Campo Grande News estava no local. “Nessa região aqui, por onde agente anda é só sujeira. A obrigação é dos donos deixar seu terreno limpo, e se não limparem a prefeitura deveria aplicar uma multa bem cara a esses proprietários, aí eu quero ver eles não limparem mais”, opinou.
Dona Cristina Rodrigues, 70 anos, mora ao lado do terreno e diz que já solicitou providências à prefeitura diversas vezes, porém, sem sucesso. “Eu acho péssimo esse mato do lado da minha casa, é muito lixo, ladrões se escondem aí dentro e além de tudo pessoas ateiam fogo no local. Uma vez pegou fogo e o corpo de bombeiros nem apareceu. E se pega na minha casa?” questionou a aposentada.
Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura de Campo Grande, as áreas são particulares, por isso cabe aos proprietários a limpeza.