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Capital

Médicos ganham até mais de R$ 20 mil e não deviam fazer greve, diz Olarte

Edivaldo Bitencourt e Filipe Prado | 22/08/2015 09:30
Prefeito durante discurso na manhã de hoje na Cidade Solidária (Foto: Marcos Ermínio)
Prefeito durante discurso na manhã de hoje na Cidade Solidária (Foto: Marcos Ermínio)

O prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte (PP), apelou ao “juramento de salvar vidas” para que os médicos voltem ao trabalho. Durante evento nos altos da Avenida Afonso Pena, na manhã deste sábado (22), ele também criticou a categoria, que tem salário superior a R$ 20 mil e não tem motivo para suspender as atividades.

O progressista reagiu à decisão dos médicos, que decidiram manter a greve em assembleia geral realizada ontem (21). Eles exigem a retomada do pagamento dos plantões eventuais, o pagamento escalonado para todas as categorias e a definição de data para a reposição da inflação nos salários.

“A prefeitura não queria a greve, os médicos devem se conscientizar do período vivido pelo País”, afirmou o prefeito, sobre a crise política e econômica atual. Ele disse que os profissionais devem voltar ao trabalho.

“Todos os pedidos do Sindicato dos Médicos foram atendidos, menos o aumento de salários, mas nenhum servidor teve reajuste por causa da crise no município”, justificou-se. Ele também citou que os médicos fizeram o juramento de salvar vidas e devem cumpri-lo. “Aqui no município, o médico ganha R$ 10 mil, R$ 15 mil a R$ 20 mil, até mais do que isso, não tem necessidade de paralisação”, argumentou.

Ele também destacou que a prefeitura está contratando médicos que “queiram trabalhar”. “Estamos contratando, quem quiser trabalhar, é só ir até a prefeitura”, garantiu. No entanto, a Secretaria Municipal de Saúde está com dificuldade de preencher o quadro e os profissionais não estão preenchendo as vagas previstas nos editais de seleção simplificados e de concursos.

Os médicos estão em greve desde o sábado passado e só estão realizando o atendimento de emergência. No entanto, mesmo nos centros regionais de saúde e nas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento), o atendimento é feito por 30% dos profissionais.

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