Médicos rejeitam explicação e mantêm greve nos postos de saúde da Capital
Os médicos não se sensibilizaram com as explicações sobre a situação financeira do município e decidiram, em assembleia geral realizada na tarde de hoje (21), manter a greve. Com a decisão, o atendimento continua comprometido nos postos de saúde, pelo menos, até segunda-feira.
Na tarde de hoje, o secretário adjunto de Planejamento, Finanças e Controle, Ivan Jorge, justificou que a redução nos gastos com pessoal ficou em R$ 100 milhões, abaixo dos R$ 220 milhões previstos, e o mutirão de conciliação só arrecadou R$ 3,5 milhões. Ou seja, a prefeitura continua sem condições de pagar os salários em dia e de promover a correção da inflação.
Segundo o presidente do Sindmed/MS (Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul), Valdir Siroma, a categoria fez três pedidos para suspender a greve. O primeiro é que o escalonamento dos salários atinja todas as categorias e não apenas os maiores salários.
O segundo item exige a definição de uma data para fazer a reposição da inflação, que pode elevar os salários em aproximadamente 9%. O terceiro item é o preenchimento dos plantões eventuais no terceiro turno, que está previsto em novo decreto, mas não foi colocado em prática.
Os médicos vão esperar 48 horas pela resposta do secretário municipal de Saúde, Jamal Salem. Ou seja, só voltam a discutir o fim da paralisação na noite de segunda-feira.
A greve começou no sábado passado e completa sete dias nesta sexta-feira. Os professores também decidiram manter a greve, que começou no dia 25 de maio deste ano e só foi interrompida com as férias.