Melhor escola estadual no Enem inaugurou prédio próprio em 2014
Destaque entre as instituições estaduais no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) pelo terceiro ano consecutivo, a escola Dom Aquino Corrêa localizada em Amambai, a 360 quilômetros de Campo Grande, sequer tinha prédio próprio até o ano passado. Isso mostra que o segredo não está apenas na estrutura, mas na disciplina aliada ao comprometimento dos alunos e da equipe.
“Nossos alunos têm perfil de estudo. São jovens que querem ir para uma faculdade e têm visão de futuro. As famílias acompanham bastante o trabalho e isso é uma característica importante. A escola de qualidade é aquela que trabalha com regras”, diz a coordenadora pedagógica Cristiane de Souza Ferreira, 40 anos.
O estabelecimento de ensino obteve as maiores médias em três das cinco áreas cobradas na prova em 2014: matemática (549,50), ciências humanas (602,21) e ciências da natureza (527,63). A escola estadual Professor Severino de Queiroz obteve melhor desempenho em linguagens e a Amélio de Carvalho Baís se destacou na redação (593,49).
Segundo Cristiane, os estudantes que fizeram a prova naquele ano cursaram o terceiro ano nas dependências da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul). O prédio próprio foi inaugurado recentemente.
“Algo que pode interferir nesse processo é que não temos muita rotatividade dos alunos. Dos que fizeram no Enem, 80% estão conosco desde a primeira série”, explica Cristiane.
Segundo a coordenadora, os professores são capacitados e trabalham com os alunos de terceiro ano questões que já caíram em edições anteriores do Enem ou de outros vestibulares pelo país. “É um trabalho em equipe. Nossos funcionários prestam um serviço de qualidade”, pontua.
Classificação geral – Não é novidade que as escolas particulares lideram os rankings das notas do exame. A unidade II do Colégio Bionatus obteve as melhores médias do estado em todas as cinco áreas: 641,22 em linguagens; 806,83 em matemática; 697,96 em ciências naturais; 705,64 em ciências humanas e 870,45 em redação.
Em redação, o segundo lugar fica com a escola General Osório (793,10) e o terceiro com a unidade I do Bionatus (788,30).
Nas demais áreas, as posições são disputadas entre o colégio Lumiére, de Dourados, e o Alexander Fleming, de Campo Grande.
O primeiro obteve a terceira melhor nota em matemática (681,34) e ciências da natureza (634,63), além do segundo lugar em ciências humanas (666,65).
Já o colégio sediado na Capital obteve 711,95 em matemática; 660,64 em ciências humanas e 637,93 em ciências da natureza.
A coordenadora do ensino médio do Alexander Fleming, Iara Regina do Amaral, explica que um dos segredos na metodologia usada pela escola é nivelar os estudantes por cima. “Nós sabemos os alunos que temos e trabalhamos para que eles estejam no topo, na briga pelas melhores universidades”, afirma.
Ela ressalta que a instituição não tem cursinho, então todos os aprovados saem direto do terceiro ano para o ensino superior.
“O lema da escola é a qualidade e não fazemos distinção. Trabalhamos todos os alunos para todas as áreas e para todas as universidades. O valor de cada aluno é igual. O diferencial é fazer o aluno que tem dificuldade crescer”, pontua.