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Capital

Menino de 2 anos com câncer na próstata sofre com demora em exame

Aline dos Santos | 06/04/2015 10:13
Enzo está internado no HR e família questiona demora em exame. (Foto: Reprodução)
Enzo está internado no HR e família questiona demora em exame. (Foto: Reprodução)

O segundo caso de câncer de próstata em criança nos últimos dez anos em Mato Grosso do Sul leva ao desespero a família de Enzo Emanuel Batista da Silva, dois anos e cinco meses, que está internado desde 31 de março no HR (Hospital Regional) Rosa Pedrossian, em Campo Grande.

De acordo com o Carlos Emanoel Oliveira da Silva, 34 anos, pai de Enzo, o menino espera desde quarta-feira para fazer a biópsia no tumor. Segundo o pai, primeiro foi alegada falta de profissional, agora o impedimento seria a falta de uma agulha.

“Meu filho tem dois anos de idade e tem câncer de homem com 40 anos. Isso é raro, não entendo porque não fez a biópsia. Entrou tomando dipirona, agora meu filho tá na morfina. Quando vai fazer a biópsia, por que não busca a agulha? Não aceito”, afirma Carlos, que logo no começo da manhã foi ao MPE (Ministério Público Estadual) em busca de ajuda.

No dia 30 de março, os pais levaram a criança ao HU (Hospital Universitário) e no dia seguinte o paciente foi transferido para o HR. O tumor, identificado por meio de tomografia, avança. Primeiro, tinha cinco centímetros. Dois dias depois, tinha sete centímetros. Segundo a família, eles já foram informados de que o diagnostico é de câncer de próstata.

O pai também pede para acompanhar o filho. A criança está com a mãe, mas Carlos alega que a esposa não tem condições psicológicas para ficar sozinha. “Ele fica na sonda, os batimentos cardíacos chegaram a 255, ele está todo inchado, a pressão chegou a 17. Ela precisa de mim lá”, afirma o pai. Enzo tem um irmão de 4 anos.

De acordo com o oncologista pediatra Atalla Mnayarji, o caso ainda está sob investigação. Se for confirmado, será o segundo registro de câncer de próstata em criança nos últimos dez anos no Estado. Conforme o médico, o último registro foi há oito anos e o câncer vitimou o paciente.

“Não tem muitos estudos. É extremamente raro e bem agressivo”, afirma o especialista, que faz parte do corpo clínico do Hospital Regional.

A reportagem solicitou informações ao HR por meio da assessoria de imprensa e aguarda resposta. Informação extraoficial dá conta que o menino não tem condições clínicas para passar pelo procedimento de biópsia.

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