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Capital

Merenda para Ceinfs só começou a ser distribuída nesta madrugada

Nícholas Vasconcelos e Helton Verão | 06/02/2013 18:47
Para a distribuição da merenda foi preciso o uso de 16 caminhões da Prefeitura. (Foto: Rodrigo Pazinato)
Para a distribuição da merenda foi preciso o uso de 16 caminhões da Prefeitura. (Foto: Rodrigo Pazinato)
Famílias têm da falta de merenda nas escolas, já que muitas não têm dinheiro para compra lanche. (Foto: Rodrigo Pazinato)
Famílias têm da falta de merenda nas escolas, já que muitas não têm dinheiro para compra lanche. (Foto: Rodrigo Pazinato)

A Prefeitura de Campo Grande começou a distribuir os alimentos da merenda escolar às 3h da madruga de hoje, para evitar a falta de desabastecimento nas escolas e Ceinfs (Centro de Educação Infantil).

Informações apuradas pelo Campo Grande News apontam que os 16 caminhões saíram para atender as escolas ainda de madrugada e na tarde de hoje alguns unidades de ensino não tinham recebido os alimentos. Em uma das centrais de distribuição, em uma empresa de cesta básica na rua 24 de Outubro, da merenda é que houve demora para assinar a autorização que liberou o envio para as escolas e Ceinfs.

No entanto, em algumas unidades de ensino infantil foi necessário fazer uma “vaquinha” para comprar alimentos.

“A única coisa que chegou foi verdura, fizemos vaquinha pra comprar carne, arroz, macarrão e feijão”, explicou uma servidora que não quis se identificar.

No Jardim Futurista, a merenda é vista como uma fonte importante de alimentação para os alunos que não têm a opção de comprar um lanche nas cantinas.

“Não é todo mundo que tem condições de dar um trocado para criança comprar um lanche”, diz o pintor Ilton Pereira Delmondes, 37 anos. Ele tem dois sobrinhos que estudam na Escola Municipal Consulesa Margarida Maksoud Trad, no bairro Estrela Dalva.

Com 4 filhos - de 11, 9, 5 e 4 anos – a dona de casa Laura Oliveira, 35 anos, conta que nem sempre tem dinheiro para dar aos filhos. “Eles almoçam em casa, mas sempre têm que comer na merenda”, disse.

“Não tenho condições de dar dinheiro para eles lancharem, se faltar merenda vou ficar preocupada”, revela Fernanda Silva Fernandes, 27 anos, que tem quatro filhos estudando na escola municipal.

No primeiro dia de aula, os alunos da Escola Maksoud foram obrigados a comer bolacha de água e sal, já que havia merendeiras como em outras 21 escolas da rede municipal. Segundo o Sisem (Sindicato dos Servidores Municipais de Campo Grande), o déficit é de 250 funcionários nas 85 escolas municipais.

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