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Capital

Mesmo com 6 testemunhas, réu por feminicídio nega crime: "estão mentindo"

Vagner Franco Alves é julgado pela morte da namorada, alvo de facadas no dia 27 de novembro de 2022

Por Dayene Paz e Bruna Marques | 05/03/2024 09:32
Vagner Franco Alves, em frente ao juiz Carlos Alberto Garcete, durante júri. (Foto: Bruna Marques)
Vagner Franco Alves, em frente ao juiz Carlos Alberto Garcete, durante júri. (Foto: Bruna Marques)

Mesmo com seis testemunhas do crime, Vagner Franco Alves, 40 anos, continua negando ter matado a namorada, Monalisa Pereira Alves, 55, no dia 27 de novembro de 2022, no distrito de Anhanduí, a 50 km de Campo Grande. Ele também não sabe explicar porque fugiu da polícia por sete dias, já que só foi preso em área de mata no dia 3 de dezembro.

Vagner Franco é julgado nesta terça-feira (5) em sessão presidida pelo juiz Carlos Alberto Garcete, da 1ª Vara do Tribunal do Júri. Vagner respondeu a perguntas, mas se contradisse em relação aos primeiros depoimentos que prestou.

Sobre a data do crime, contou que haviam seis pessoas na casa durante um churrasco. Mas, à tarde, Monalisa o mandou embora por ciúmes de uma das convidadas. "Fui para a casa do meu irmão, que fica na rua do lado", alega.

Monalisa e Vagner juntos, em foto encontrada no celular dele. (Foto: Direto das Ruas)
Monalisa e Vagner juntos, em foto encontrada no celular dele. (Foto: Direto das Ruas)

No dia seguinte, uma segunda-feira, conta que retornava ao imóvel da companheira, mas foi interceptado por uma vizinha. "Falou que encontraram minha esposa morta e estavam achando que era eu. Então disse para eu procurar um advogado".

O juiz e o Ministério Público questionaram Vagner sobre o motivo de ele não ter se importado, já que não seria o autor do crime, em ter procurado saber quem matou e o que aconteceu com a esposa naquele momento. Vagner não soube responder.

O Ministério Público aponta para testemunhas da discussão do casal, mas Vagner continua negando o crime. Inclusive, uma das testemunhas viu ele jogando a faca em um matagal. "Estão mentindo", diz o réu. Ele sustenta que havia seis pessoas na casa no dia e uma delas matou Monalisa. Sobre a fuga, diz que o objetivo era procurar uma advogada, já que na época do crime estava em regime condicional por tráfico de drogas.

Vagner foi denunciado por feminicídio e o resultado do júri deve sair ainda nesta tarde.

Feminicídio - Monalisa Pereira foi assassinada com cerca de sete facadas enquanto bebia com Vagner e amigos. Uma mulher relatou que o grupo fez uso de entorpecentes momentos antes do crime acontecer, por volta das 20h30 de domingo. A hipótese é que o crime aconteceu porque a vítima se negou a dar dinheiro para o autor usar drogas.

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