Mesmo com toque de recolher, movimento é intenso nos bairros da Capital
Reportagem acompanhou equipes de fiscalização na primeira hora da nova restrição
Aparentemente a população não entendeu a nova restrição de circulação de pessoas decretada pelo governo estadual já que, apesar do toque de recolher às 16h, a movimentação nas ruas dos bairros era intensa depois do horário determinado. Várias pessoas foram vistas não só "passeando" como também sentadas em frente de casa, algumas até tomando tereré.
O Campo Grande News acompanhou os fiscais da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), Vigilância Sanitária, Semadur (Secretaria Municipal de Meio AMbiente e Desenvolvimento Urbano) e Guarda Civil Metropolitana durante a primeira hora de fiscalização neste sábado (27), e a realidade foi de “assustar”.
Ao todo nesse período, as equipes receberam três denúncias de estabelecimentos comerciais que estariam desrespeitando o toque de recolher, no entanto quando foram vistoriados, nenhum dos locais estava realizando atendimentos.
Porém, a caminho de uma das denúncias as equipes encontraram na Rua Padre Mussa Tuma, no Bairro Itamaracá, um boteco aberto com cinco pessoas consumindo bebidas da alcoólicas. Os ficais foram até o local, conversaram com o dono que imediatamente recolheu as cadeiras do local e dispensou os fregueses.
“Eu abri porque eles não me deixam em paz, ficam batendo aqui pedindo pinga. Eu não tenho medo da doença não. Mas já vou fechar”, disse o proprietário de 77 anos à reportagem.
Nas ruas no entanto, ninguém quis falar com a reportagem que passou pelos bairro Universitário, Vila Ieda e Itamaracá, todo os três com bastante movimento nas ruas de pessoas e carros.
Regras – Na sexta-feira (26) entrou em vigor as novas restrições determinadas pelo governo de Mato Grosso do Sul para conter o avanço da covid-19. Com regime específico para os finais de semana, o decreto proíbe a circulação de pessoas das 16h até as 05h. Atividades e serviços classificados como não essenciais não poderão funcionar.