Toque de recolher começa 16h com Guarda na rua para ninguém sair de casa
Segundo o decreto, toque de recolher para toda a população será das 16h às 5h neste sábado e domingo
As medidas são cada vez mais restritivas no intuito de trazer à compreensão dos sul-mato-grandenses a necessidade de ficar em casa. Neste sábado começa a vigorar o novo toque de recolher de final de semana. Ao contrário da determinação de segunda a sexta, a medida vale das 16h às 5h aos sábados e domingos.
Só podem sair de casa profissionais de atividades elencadas no decreto estatual ou que comprovem compra de medicamentos ou alimentos em supermercados, nesses locais, ´so é permitida a entrada de 1 pessoa por família.
A Guarda Municipal vai realizar fiscalização partindo de vários pontos da cidade para abordagens de pessoas que estejam em circulação. O telefone para denúncias é o 153.
A regra só não se aplica para deslocamento em razão de trabalhos autorizados, como serviços de saúde, transporte, fornecimento de alimentos e medicamentos por delivery, farmácias ou drogarias, funerárias, aos postos de combustíveis, indústrias e hipermercados.
Babá, Augusta Ferreira, de 59 anos, disse que já estava sabendo do horário de hoje ao ver os noticiários. "Acho muito bom, porque vai resolver os casos de aglomeração. É uma boa medida para diminuir o fluxo do coronavírus", considera.
Ela chega até a dizer que apoia as medidas restritivas adotadas pelo Governo do Estado para a semana que vem. "Eu não acho errado não, a maioria vai respeitar, mas sempre tem quem fica em casa de folga e faz festa", lamenta.
Dona de casa, Renata dos Santos, de 25 anos, conta que não estava sabendo do horário de hoje e questiona a eficácia da medida. "Não adianta nada proibir o povo de trabalhar, se você passa em bar e mercado e está tudo cheio. Tinha que proibir geral, festa clandestina tem que tudo quanto é lugar", comenta.
Para ela o que deveria valer, acima de tudo, era a "consciência das pessoas". "É ruim esse horário, ainda mais com criança. Ficar trancada em casa é ruim demais e não vai resolver nada. Ninguém nem máscara usa, não se cuida. Acho que não deveriam fazer nada, o que vale é a consciência das pessoas".
Dona de casa, Lucia Maria Alves de Oliveira, de 57 anos, diz que apesar de achar a medida boa pelo número de casos da doença, não quer saber de ficar trancada em casa não.
"Quando eu soube, achei bom. Essa doença do jeito que está é muito perigoso. Se eu puder ficar pelo menos na calçada da frente de casa é bom, mas ficar presa dentro é ruim demais. Deus me livre".