“Monitoramento agora é total” diz Marquinhos Trad sobre barreiras sanitárias
Prefeito disse que alto índice de covid-19 em cidades do interior de MS, com escalada rápida, foi principal motivo para barreiras
“O monitoramento agora é total”. Assim classificou o prefeito Marquinhos Trad (PSD) durante visita na manhã desta terça-feira (26) a uma das cinco barreiras sanitárias instaladas nos acessos a Campo Grande para quem vem de outros estados ou do interior de Mato Grosso do Sul. É o interior do estado com sua escalada de covid-19, destacou o prefeito, que motivou a “medida teste” que funciona apenas nesta terça e quarta (27), mas que será avaliada como medida contínua a depender do que os dois dias mostrarem para a equipe.
Marquinhos esteve na saída para Cuiabá, em frente ao Shopping Bosque dos Ipês, junto com secretários, a exemplo do titular da pasta de saúde, José Mauro Castro e de obras, Rudi Fioresi. Por ali, nesta manhã, apenas uma motorista passou pelo teste rápido que só é utilizado após sintomas como febre alta, mas não representou caso positivo de covid-19.
Os exames e as entrevistas são aplicadas apenas ao forasteiros que chegam à cidade – apenas não moradores de Campo Grande são parados –, e pela manhã o fluxo também segue tranquilo, sem congestionamento. As barreiras funcionam até às 18h.
O prefeito ressaltou a operação colocada em prática por mais de 200 pessoas das equipes sanitária e agentes de saúde, cobertos dos pés à cabeça por EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) para entrevistar os motoristas e desinfetar os veículos.
O apoio vem de equipes de trânsito da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), PRF (Polícia Rodoviária Federal) e Guarda Municipal e quem é liberado ganha adesivo no carro. O governo do estado também coordena as ações junto ao executivo da Capital.
“O monitoramento agora é total, não tem como deixar a vigilância de lado um dia sequer”, disse Marquinhos sobre a escalada de casos, ontem com pico inédito de 99 novos quadros de covid-19 em Mato Grosso do Sul.
Marquinhos também declarou que há possibilidade de que, após avaliação do resultados desses dois primeiros dias, as barreiras continuem por tempo indeterminado, já que Campo Grande está hoje com curva baixa de crescimento de casos, mas funcionando como espécie de “ilha” cercada de epicentros da pandemia.
“Tudo que tem sido feito a gente tem feito o que a ciência tem determinado com precaução e cautela. A consciência tem que ser de todos porque a cidade é de todos. Todas as pessoas que vem a Campo Grande são bem vindas, mas tem que vir em segurança”, comentou o prefeito
“Sim, tem essa possibilidade”, ressaltou Marquinhos, sobre a ampliação das barreiras.
Momento da barreira - “A coleta de hoje e amanhã vai determinar se terão outras, onde serão feitas e como serão colocadas. Teve o momento certo de fechar o comércio, época certa de determinar toque de recolher, de proibir jogos de futebol e agora é o momento da barreira. Essa barreira só está sendo feita pelo índice alto do interior”, disse Marquinhos.
Para o secretário de saúde, a oportunidade é impar para conhecer melhor o público que chega à cidade. José Mauro Castro ressaltou a entrada de 60 a 70 mil pessoas diariamente.
“É necessário ter barreiras, mas primeiro precisamos avaliar onde devem ser colocadas para serem mais efetivas. A partir desse resultado será avaliado, aí vamos montar planejamento com mais ações de prevenção”, comentou ele e destacou as saídas para Três Lagoas, Sidrolândia e São Paulo como acessos por onde passam pessoas que vêm de cidades com muitos casos confirmados.