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Capital

Moradores de rua ganham atenção, almoço e roupas na rodoviária

Ação foi organizada por voluntários, que doaram tempo e produtos para pessoas que passam pela antiga rodoviária, Cetremi e abrigo São Francisco

Mayara Bueno e Bruna Kaspary | 25/12/2017 13:01
Moradores de rua receberam almoço e outros serviços no dia de Natal. (Foto: André Bittar).
Moradores de rua receberam almoço e outros serviços no dia de Natal. (Foto: André Bittar).

O dia de Natal foi de doação para moradores de rua de Campo Grande. Pelo menos 100 voluntários deixaram suas casas em pleno dia 25 de dezembro para dar àqueles que não têm teto, um pouco de atenção, alimento e serviços básicos.

A ação, promovida pela Concafras (Confraternização das Campanhas de Fraternidade) Auta de Souza Promoção Social e Espírita, deu comida, ofereceu banho, corte de cabelo e barba, além de roupas, para pelo menos 200 pessoas.

Os pontos de encontros foram na antiga rodoviária, no Cetremi (Centro de Triagem e Encaminhamento do Migrante) e no abrigo São Francisco. De acordo com o coordenador, José Cláudio do Carmo, 58 anos, o loca, no caso da rodoviária antiga, foi escolhido pela aglomeração de moradores. “O prédio abandonado acabou se tornando reduto para quem não tem onde ir”.

Moradores na antiga rodoviária, em Campo Grande.
(Foto: André Bittar).
Moradores na antiga rodoviária, em Campo Grande. (Foto: André Bittar).
Também houve doação de roupas na ação de hoje.
(Foto: André Bittar).
Também houve doação de roupas na ação de hoje. (Foto: André Bittar).

Além de quem vive em situação precária, a ação também ajudou quem passou por ali, com lembrança de que, em um passado bem recente, vivia nas ruas. Everson Campos Santos, 42 anos, mora hoje com a irmã no Nova Lima, depois de anos fazendo de um canto de calçada o espaço para encostar a cabeça.

“Eu passei a olhar para dentro de mim e pensar até quando eu ficaria assim, se eu morreria nas ruas. Hoje eu estou indo a igreja e isso me mantém de pé”, disse ao recordar que começou a consumir drogas aos 19 anos.

Everson foi um dos que passou por lá, almoçou e pegou algumas roupas doadas. Ele afirma que, agora, seu sonho é se reconciliar com a filha que não vê há anos e conhecer seu neto.

Ele é só um dos exemplos. De acordo com o coordenador da ação, a maioria das pessoas em rua é de homem com cerca de 40 anos ou mais.

A ação nos três locais contou com ajuda de voluntários para o trabalho e também para dar o que foi ofertado. “Para juntar o pessoal que trabalha, é feito um trabalho de formiguinha”, brinca.

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