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Capital

Moradores pedem semáforo em rotatória onde homem morreu: "entram correndo"

Motociclista freou para não bater em outro veículo que acessou a rotatória sem parar, caiu e foi atropelado

Dayene Paz e Mariely Barros | 09/06/2023 09:29
Pedaço do capacete das vítimas do acidente na noite de ontem. (Foto: Henrique Kawaminami)
Pedaço do capacete das vítimas do acidente na noite de ontem. (Foto: Henrique Kawaminami)

A rotatória onde o motociclista Ilson Pimenta Osório, de 51 anos, morreu, na noite desta quinta-feira (8), é cenário de acidentes constantes. A reclamação é de moradores e trabalhadores da região, que pedem um semáforo no local. "Para que correr desse jeito na rotatória? Agora matou um pai de família", diz Ana do Prado Nogueira de Oliveira, de 57 anos.

Ana mora há 10 anos no condomínio que fica em frente do local onde ocorreu o acidente. "Ontem, eu havia acabado de entregar um bolo no bloco aqui ao lado. Subi lá em casa para buscar um segundo bolo e quando voltei o rapaz já estava caído. Uma enfermeira aqui do condomínio estava chegando em casa e tentou socorrer, mas ele teve três paradas cardíacas e morreu", lamenta a mulher.

Ana mora na região e já presenciou dezenas de acidentes. (Foto: Henrique Kawaminami)
Ana mora na região e já presenciou dezenas de acidentes. (Foto: Henrique Kawaminami)

A moradora conta que muitos condutores entram correndo na rotatória e já presenciou dezenas de acidentes. "É uma loucura, já foram vários acidentes e agora esse fatal. Tem que por um sinaleiro. Ano passado quase fui atropelada na faixa de pedestres, pois eles entram na rotatória correndo, a quase 100 km por hora", reclama.

Ontem, não foi diferente. "O motoqueiro que atropelou a vítima vinha correndo, não reduziu e entrou com tudo. O neto que estava com ele [vítima do acidente fatal] na hora deitou na grama e só ficou deitado, inconsolável", descreve Ana.

Antônio Carlos Victor, 66 anos, é vendedor e trabalha na região. Ele também reforça: ninguém respeita a velocidade. "Eles têm que por uma lombada e um semáforo. O quebra-molas que tem aqui os motoqueiros não respeitam, passam pela lateral, além de ficar empinando a moto e fazendo manobra, tudo isso na hora de passar na rotatória", comenta. "Aqui já foram vários acidentes. Se você olhar ali (placa de preferência), nem aparece porque a árvore tampa e não tem uma fiscalização para ver isso", completa.

Placa de preferência tampada por árvore, como descreve Antônio. (Foto: Henrique Kawaminami)
Placa de preferência tampada por árvore, como descreve Antônio. (Foto: Henrique Kawaminami)

Acidente - O registro policial informa que o acidente aconteceu por volta de 20h10 desta quinta-feira. Ilson conduzia uma Honda Biz e tinha o neto, de 22 anos, como passageiro. Ele acessou a rotatória da Rua Murilo Rolim Junior, que dá acesso à Avenida Capibaribe, mas precisou frear bruscamente devido a outra moto entrar na rotatória sem obedecer a preferência.

Ilson caiu no chão com o passageiro e, na sequência, foi atropelado pela Honda Titan. O Corpo de Bombeiros fez manobras de ressuscitação por 50 minutos, mas sem sucesso e o óbito foi constatado no local.

Segundo o boletim de ocorrência, ambos os condutores estão devidamente habilitados. O condutor do veículo que atropelou Ilson fez teste de bafômetro, que não constatou embriaguez.

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