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Capital

Moradores reclamam da falta de escoamento pluvial em obras de ciclovia

Residentes tiveram que abrir, por conta própria, espaço no cimento para que água passe

Por Natália Olliver e Clara Farias | 22/08/2024 12:36
Morador mostra obra de ciclovia sem escoamento, no Santa Emília (Foto: Clara Farias)
Morador mostra obra de ciclovia sem escoamento, no Santa Emília (Foto: Clara Farias)

Moradores do bairro Santa Emília reclamam da falta de escoamento em obras de ciclovia, na Avenida General Alberto Carlos Mendonça Lima. De acordo com os residentes, não há espaço para que água chegue até as bocas de lobo. O problema pode causar alagamentos e danos à pista. Isso porque não existe caminho para que o fluxo seja drenado.

Normalmente, o escoamento da água das chuvas deveria passar por um cano, chegar até o meio-fio e escoar. A obra está sendo feita colada à ciclovia. Além do receio de que o local alague, eles temem ser responsabilizados por possíveis rachaduras e erosões, já que alguns resolveram abrir, por conta própria, espaço para que a água passe.

Walkiria Soares, de 42 anos, é professora e mora há seis anos no local. Ela comenta que para resolver o problema, engenheiros orientaram a fazer ligações irregulares direto na rede de esgoto.

“Ele [engenheiro] falou que tinha que seguir o projeto, porque quem pagava era a Caixa. Outro engenheiro, que assumiu a obra, orientou a fazer a ligação. Eu disse que já tinha me orientado e que poderia ser multada, ela disse que era pra esperar alagar e processar a Prefeitura. Isso deveria constar no projeto”.

Espaço aberto por moradores para que água escoe (Foto:Clara Farias)
Espaço aberto por moradores para que água escoe (Foto:Clara Farias)

Ela acrescenta que o profissional disse que pode deixar uma vala, que colocaria um cano, mas que quando chovesse poderia abrir uma cratera, ou estragar a pista. “Eu vou ser responsabilizada. Ela disse. Fizeram errado, não reconhecem e não corrigem. Querem esperar ao invés de fazer a ligação correta”

Outro vizinho que não quis informar o sobrenome, Nelson, disse que chegou a falar com o fiscal de obras. Segundo ele, desde março ele alerta sobre a obra. “Ela falou que não vai cortar a pista de ciclismo. A água aqui acumula muito, alaga muito porque o solo é argiloso.

A reportagem entrou em contato com a Prefeitura, mas até o momento não obteve retorno. O espaço segue aberto.

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