Moradores reformam prédio e ganham batalhão da PM com 40 policiais
A união de moradores e comerciantes irá levar mais segurança a todos que transitam pela Avenida Bom Pastor, no Bairro Vilas Boas, em Campo Grande. Conhecido como "Corredor Gastronômico", o local atrai grande público aos bares, restaurantes, mercearias e padarias existentes e agora irá abrigar um Batalhão da Polícia Militar, graças a uma ação voluntária que arrecadou R$ 22 mil para a reforma de um posto da polícia que estava desativado na avenida.
Conforme o comerciante Orestes Godoi, moradores e comerciantes criaram o Grupo de Apoio e Sustentabilidade a Avenida Bom Pastor. "Fizemos várias reuniões extraordinárias e definimos o que seria prioridade para a região. A segurança foi apontada por todos, então pensamos no que poderia ser feito e chegamos a ideia da reativação do posto", contou.
De acordo com Godoi, há mais de quatro anos o grupo está participando de reuniões com governo, prefeitura, vereadores e demais órgão públicos buscando soluções e melhorias. "O primeiro passo foi a criação da Lei do Pólo Gastronômico, depois começamos a pensar nas melhorias de infraestrutura", explicou.
A reforma do posto, que começou a cerca de duas semanas, deve ficar pronta no prazo de 10 dias, logo depois que a obra estiver finalizada, um grupo de policiais já devem ser enviados para o local. "E o que foi combinado com o governo, primeiro vem um efetivo menor, com quatro ou cinco homens, porque o local ainda é pequeno. O segundo passo é a ampliação do posto, que ficou por conta do governo do estado, e depois a vinda de todos os policiais", esclarece Orestes.
Além da reforma do posto, que agora será um batalhão para abrigar mais de 40 policiais, que contarão com 30 motos, o projeto de melhoria também inclui mudança no sentido das vias no entorno da avenida, urbanização, iluminação e calçamento. "Queremos deixar o Pólo mais bonito para melhor atender campo-grandenses e turistas", disse.
Para a dona de casa Ivone de Lima, que mora em uma rua transversal a avenida há 40 anos, o posto é garantia de segurança não só para o comércio, como também para os moradores. "Minhas filhas queriam que eu vendesse a casa por causa do movimento, que aumentou muito de uns tempos pra cá, mas eu disse pra elas que eu gosto daqui, agora então, não tenho motivos para mudar", afirmou.
Já a professora Nivea Marchetti está mais ansiosa pelas reformas estruturais da região, já que o número de carros estacionados no período noturno na rua em que ela mora, a incomodam. "Eles praticamente fecham a rua, estacionam em frente a garagem, então com certeza é bom sim", considera.