Mortalidade por doenças infecciosas é 6 vezes maior com a pandemia
Número é maior do que o acumulado nos cinco anos anteriores a 2020
Disparou a mortalidade por doenças infecciosas e parasitárias em Campo Grande no primeiro ano da pandemia. De acordo com indicadores de saúde dos residentes na Capital, entre 2011 e 2020, o número de infecções registradas apenas no ano passado equivale há quase 70% do total verificado nos oito anos anteriores.
O relatório, elaborado pela Coordenadoria de Estatística Vitais Superintendência de Vigilância em Saúde da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), aponta total de 1.226 mortes, no ano passado. De 2011 a 2019, acumulo de mortes foi de 1783. Neste período, o número mais alto atingido tinha sido de 217, em 2017. O menor foi de 164, em 201.
Das mortes registradas por ação infecciosa ou parasitária no primeiro ano de pandemia, apenas 53 se referem a casos de Aids, doença crônica cauda pelo vírus do HIV, e 23 por tuberculose, tuberculose, causada pela infecção da micobactéria chamada Mycobacterium tuberculosis ou Bacilo de Koch (BK). Juntando os dois números, os casos representam menos de 5% do total registrado.
Mortalidade
Em números gerais os registros não assustam tanto, foram 6.628 mortes ocorridas na Capital no ano passado. Número 16,4% maior do que em 2019. A média geral do período era de 5.148 por ano.
As doenças infeciosas e parasitárias foram responsáveis pela mortalidade de 18,4% no ano da pandemia, iniciada em março do ano passado. O impacto veio mesmo com menos de um ano de registros de casos de covid-19, em Mato Grosso do Sul.
Atualmente, no Estado há 223.209 casos confirmados e 4.571 óbitos em decorrência do novo coronavírus. Campo Grande responde por quase 40% dos registros. São 87.759 confirmações e 2.002 mortos.