Morte de Erlon completa 1 ano e sentença de acusados deve sair em breve
Nesta semana, a morte do empresário Erlon Peterson Pereira Bernal, assassinado friamente aos 33 anos de idade vítima de latrocínio, completou um ano. Ele foi morto no dia 1ª de abril e seu corpo foi encontrado cinco dias depois, 06 de abril, enterrado dentro de uma fossa séptica no bairro São Jorge da Lagoa, em Campo Grande. Segundo o advogado Oton Nasser a expectativa é de que a sentença final dos quatro envolvidos no crime seja proferida nos próximos dias.
Inquérito policial concluído poucas semanas após o crime apontou a participação direta e indireta de quatro pessoas. Thiago Henrique Ribeiro, 21 anos, apontado como responsável pelo tiro que matou Erlon. Rafael Diogo, 24, Jefferson dos Santos Souza, 21, e uma adolescente de 17 anos, dona do imóvel em que o corpo do empresário foi encontrado. Às investigações apontaram também a participação de um funileiro que supostamente cobrou R$ 2 mil para pintar o carro roubado, um Golf prata, de branco, no entanto ele foi liberado.
Para o advogado, o modo que os acusados tiraram a vida de Erlon, os coloca como perigosos em potencial, bem como, ficou comprovado a pretensão de ambos em cometer o crime.
“Não foi um fato isolado. Eles agiram como uma quadrilha, planejando a execução de Erlon que não foi a primeira vítima, por isso, tenho certeza que se voltarem às ruas vão continuar cometendo crimes”, alega.
Levando em conta seu conhecimento e o risco oferecido pelos autores, ele espera que os quatro recebam a maior pena possível. “Houve diversos agravantes e espero que haja cumulação das penas pelo roubo, homicídio, ocultação de cadáver, formação de quadrilha e corrupção de menor que cometeram. O anseio é que seja uma pena de 40 a 45 anos, mas, claro, tudo vai depender do entendimento do juiz”, concluiu.
Nasser explica que o processo já está nas mãos do Juiz, no entanto, por um “incidente processual”, a sentença ainda não foi proferida, o que ele acredita que deva ocorrer nos próximos dias.
Crime– Segundo consta nos autos do processo, Thiago marcou encontro com Erlon na rotatória das avenidas Interlagos com Gury Marques, no Bairro Doutor Albuquerque, na saída para São Paulo, dia 1º de abril do ano passado. Ele queria comprar o Golf anunciado pela vítima, e a convenceu a levar o carro até a casa onde ocorreu o latrocínio, no São Jorge da Lagoa.
Na residência, Erlon se encontrou com Rafael Diogo, o Tartaruga, e a adolescente de 17 anos. Ele ficou aguardando um parecer dos bandidos que queriam comprar o veículo por R$ 38 mil. Thiago entrou na casa, pegou um revólver emprestado por Jefferson e atirou na nuca da vítima que não teve tempo de reagir.
Ainda vivo, o empresário teve o corpo enterrado em uma fossa de 4,5 metros, no quintal do imóvel. O buraco foi coberto com terra, entulho e restos de vegetação. Dias depois, vizinhos sentiram o odor vindo da fosse descoberta e acionaram a polícia. Todos os acusados foram encontrados e presos.