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Capital

Motoentregador morre em colisão com carro de passeio

Kauê Felipe Bezerra conseguiu ligar para esposa após acidente, mas não resistiu aos ferimentos

Por Gustavo Bonotto e Osmar Daniel | 08/03/2024 22:58
Impacto de colisão destruiu porta de passageiro de Honda Fit. (Foto: Osmar Daniel)
Impacto de colisão destruiu porta de passageiro de Honda Fit. (Foto: Osmar Daniel)

Motoentregador de 28 anos identificado como Kauê Felipe Bezerra morreu durante o fim da noite desta sexta-feira (8) ao colidir com um Honda Fit no cruzamento da Rua Antônio Maria Teixeira com a Avenida Monte Castelo, situado no bairro de mesmo nome, em Campo Grande.

O condutor do veículo de passeio, empresário de 38 anos, foi quem prestou os primeiros socorros. Ele foi submetido a teste do bafômetro, que atestou negativo para a presença de álcool no organismo. À reportagem, afirmou que o motociclista estava em alta velocidade, no sentido oposto. O acidente teria acontecido durante uma conversão à esquerda, no entanto, a dinâmica é investigada pela Polícia Civil.

"Estava vindo na [Avenida] Monte Castelo, fiz a curva e aconteceu o acidente. Foi muito rápido. Aí ele entrou no ponto cego da coluna e eu já tinha entrado na avenida. Pode ver que não tem marca de freio [no asfalto]. Quando bateu na porta do passageiro, o capacete dele se soltou e foi parar no terreno ao lado", disse.

Ainda segundo o condutor, o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) demorou 26 minutos até chegar ao local. Ele acionou a namorada e dois amigos que se apresentaram à imprensa como advogados. A vítima foi reanimada por uma hora, mas não resistiu aos ferimentos. "Prestei todo o socorro e fiquei aqui até agora. Demorou para o Samu chegar, liguei até para o [Corpo de] Bombeiros".

Além do serviço, a Ursa (Unidade de Resgate e Serviço Avançado), PM (Polícia Militar) e Perícia Científica estiveram no local. A esposa de Kauê, Joice Maira, disse ao Campo Grande News que o companheiro trabalhava como motoentregador há pouco tempo. Ela contestou a versão apresentada pelo motorista, mas aguarda o resultado das investigações.

"Era um cara de família, que estava trabalhando pelos filhos, de 4 e 8 anos. Ele chegou a desbloquear o telefone e falar comigo antes de morrer. Agora espero pela perícia. [...] Se trouxe advogado, é porque deve", finalizou.

Movimentação de pessoas no cruzamento da Avenida Monte Castelo. (Foto: Osmar Daniel)
Movimentação de pessoas no cruzamento da Avenida Monte Castelo. (Foto: Osmar Daniel)

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