Motorista tem caminhão roubado e é mantido em cárcere por 10 horas
Uma das responsáveis pelo crime disse ter dívidas de tráfico com organização criminosa
Motorista de 30 anos foi mantido em cárcere privado por mais de 10 horas em Campo Grande, após ser vítima do golpe do falso frete e ter o caminhão roubado na tarde deste sábado (8). Ele foi libertado na madrugada deste domingo (9) próximo da Base Aérea e o caminhão recuperado em Miranda, cidade a 203 km da Capital.
Conforme o site Nova Alvorada Informa, o motorista de guincho teria recebido uma ligação pedindo o frete para a região do Núcleo Industrial, na Capital e por volta das 16h de ontem, se encontrou com o suspeito no local, mas foi informado de que a carga para ser levada não estaria ali por isso precisavam ir até outro endereço.
Quando o motorista subiu no caminhão, o homem sacou um revólver e anunciou o assalto. Quando chegaram onde estaria a suposta carga, duas pessoas estavam esperando. O caminhoneiro então teve a cabeça coberta por uma toalha e foi levado ao local do cativeiro, onde teve as mãos e os pés amarrados.
O caminhão foi apreendido pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) em Miranda sendo levado para a fronteira com a Bolívia. Os policiais então deram voz de prisão ao motorista e verificaram que ele tinha recebido a pouco uma transferência bancária.
Com as informações, os policiais levantaram que outros envolvidos no crime pudessem estar no Bairro Jardim Imá, em Campo Grande, já que o dono da casa, 26 anos, foi o responsável pela transferência bancária ao motorista pego com o caminhão.
Além disso, o motorista preso com o caminhão indicou que uma mulher de 43 anos, moradora do Bairro Buriti, seria a responsável por sua contratação e que ela agia como intermediária entre os autores do roubo.
Equipes da PRF em conjunto com o Batalhão de Choque da Polícia Militar então fizeram uma busca simultânea nos endereços indicados pelo motorista. No Jardim Imá, o rapaz de 26 anos, chegou a negar o crime e ter feito qualquer transferência bancária para o motorista. Mas acabou confessando que fez a transferência bancária a pedido de Márcia.
A mulher por sua vez admitiu que tem uma divida de tráfico com organização criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) e por isso intermediava ações de roubos de veículos que seriam levados para a países vizinhos – Bolívia e Paraguai. Os dois também foram presos.
Ainda conforme o registro policial, o dono do guincho recebeu diversas mensagens do grupo exigindo dinheiro para liberação do veículo e do motorista, que foi mantido preso até às 3h20 da madrugada quando foi libertado perto da Vila Militar da Base Aérea sendo encontrado por equipe do Batalhão do Choque.