Movimento "Acessibilidade Já" realiza ação em frente ao Museu Dom Bosco
O movimento “Acessibilidade Já” organizou uma ação de conscientização hoje (15), em frente ao portão de acesso ao Museu das Culturas Dom Bosco. Espera-se que cerca de 200 pessoas participem da mobilização.
No local, foram distribuídos panfletos para carros e pedestres, com orientações e esclarecimentos sobre a má utilização dos espaços reservados para portadores de necessidades especiais.
Entre os espaços reservados, estão as vagas de estacionamento para veículos, um dos espaços mais desrespeitados. Durante a panfletagem, dois carros permaneceram estacionados em local irregular, sem que houvesse alguma manifestação dos donos.
Um dos veículos havia sido multado, e ainda estava com a notificação de infração presa ao para-brisa.
Para que seja permitido usar os espaços reservados, é necessária que se tenha um cartão e um selo de identificação junto ao para-brisa do veículo. Os mesmos podem ser retirados na Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran).
Conscientação - para um dos organizadores do movimento, o comerciante David Marques, de 31 anos, falta consciência da população. “As pessoas dizem que vão parar rápido e já vão tirar. Mas não pensam que nesse momento podem ocupar o lugar que está precisando”, reclama David.
“Quem não tem deficiência física, pode parecer bobeira, mas para quem tem, faz muita diferença. É por isso que os locais mais próximos dos estabelecimentos são reservados”, completa David Marques, que usa uma cadeira de rodas.
Ainda conforme o organizador, o movimento vai tentar propor à Prefeitura que além dos locais públicos, espaços dentro de estabelecimentos particulares também estejam sujeitos a fiscalização da Agetran.
Já para Paulo Sérgio da Silva, de 42 anos e também portador de necessidades especiais, a conscientização tem que acontecer desde cedo. “A educação tem que vir desde criança, mas esse tipo de ação é um início para as pessoas passarem a respeitar”, comenta Paulo Sérgio.
Outra pessoa que opina sobre essas situações é a enfermeira Catarina Roblez, de 48 anos. Mesmo não sendo portadora de necessidades especiais, ela crê que o uso incorreto desses espaços seja falta de respeito e má educação das pessoas.
Ela também reclama da falta de espaços reservados em estabelecimentos particulares. “Em vários lugares, como nos bares, faltam vagas. Isso dificulta muito o acesso para as pessoas com deficiente”, finaliza.